Rio Grande do Sul

Arsênio é encontrado em sangue de família que passou mal após comer bolo

Três pessoas morreram e duas estão hospitalizadas depois de ingerirem o alimento; polícia investiga ligação com outro possível crime

Sete pessoas da mesma família estavam reunidas em um café da tarde quando começaram a passar mal -  (crédito: Polícia Civil/Divulgação)
Sete pessoas da mesma família estavam reunidas em um café da tarde quando começaram a passar mal - (crédito: Polícia Civil/Divulgação)

Resultados de análises laboratoriais indicaram que havia arsênio – substância extremamente tóxica que pode levar à morte – no sangue de uma das vítimas e de dois sobreviventes que passaram mal após comer um bolo em uma confraternização familiar em Torres (RS). Os exames foram feitos pelo Hospital Nossa Senhora dos Navegantes. A informação foi confirmada pela RBS TV.

Foram analisados o sangue de Neuza Denize Silva dos Anjos, que morreu depois de ingerir o alimento, e de outras duas pessoas: da mulher que preparou o bolo e do sobrinho-neto dela, de 10 anos. Os nomes deles não foram oficialmente divulgados. Eles estão hospitalizados e estão "clinicamente estáveis", segundo boletim médico.

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Outras duas pessoas, além de Neuza, morreram em um intervalo de poucas horas. Tatiana Denize Silva dos Santos e Maida Berenice Flores da Silva tiveram parada cardiorrespiratória.

O delegado Marcos Vinícius Veloso, que conduz as investigações, disse ao g1 que a mulher que fez o bolo foi a única a comer duas fatias. A maior concentração de veneno foi encontrado no sangue dela.

Relembre o caso

Sete pessoas da mesma família estavam reunidas em um café da tarde quando começaram a passar mal, conforme a Polícia Civil. Somente uma delas não comeu o alimento.

Três delas morreram e seus corpos foram enviados para necropsia no Instituto-Geral de Perícias (IGP). Resultados de exames que testam a causa de morte devem ser divulgados na próxima semana.

O delegado informou que o ex-marido da mulher que fez o bolo morreu em setembro por intoxicação alimentar. Na época, a morte não foi investigada pela polícia por ter sido considerada natural, mas agora a instituição instaurou inquérito e pediu a exumação do corpo.

Isabela Stanga
postado em 27/12/2024 13:17
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