A Polícia Federal deflagrou, nesta sexta-feira (20/12), a 2ª Fase da operação Sisamnes, com o objetivo de investigar o crime de lavagem de dinheiro decorrente de um esquema de venda de decisões judiciais.
Segundo as investigações, foram detectadas sucessivas operações imobiliárias suspeitas promovidas pelos investigados, com o propósito de dissimular a origem ilícita do dinheiro utilizado para financiar a compra de imóveis residenciais e de veículos.
Por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), são cumpridos mandados de busca e apreensão, afastamento das funções públicas de servidores do Poder Judiciário, proibição de contato e saída do país, recolhimento de passaportes, além do bloqueio de R$ 1,8 milhão dos investigados e apreensão dos imóveis adquiridos por um magistrado.
Conforme a TV Globo, os policiais federais foram às ruas cumprir mandados de busca e apreensão em Mato Grosso. Os nomes dos alvos da operação não foram divulgados.
A Polícia Federal destacou, em nota, que o nome da operação referir-se a um episódio da mitologia persa, durante o reinado de Cambises II da Pérsia, que narra a história do juiz Sisamnes. Ele teria aceitado um suborno para proferir uma sentença injusta.
Primeira fase da operação
A primeira fase da operação Sisamnes foi realizada em 26 de novembro, quando foram cumpridos 23 mandados de busca e apreensão no Mato Grosso, Pernambuco e no Distrito Federal, além de um mandado de prisão preventiva.
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As investigações revelaram a existência de um possível esquema para a venda de sentenças judiciais, que envolve advogados, lobistas, empresários, assessores, chefes de gabinete e juízes.