RIO DE JANEIRO

Suspeito de atirar em ex-secretário de Bariloche tem prisão decretada

Gastón entrou por engano na comunidade do Escondidinho, dominada pelo Comando Vermelho. Não há notícias do atual estado de saúde do argentino

Gastón Burlón, ex-secretário de Turismo de Bariloche -  (crédito: Reprodução)
Gastón Burlón, ex-secretário de Turismo de Bariloche - (crédito: Reprodução)

A Justiça do Rio de Janeiro decretou a prisão temporária do homem suspeito de atirar contra o ex-secretário de Turismo de Bariloche, Gastón Burlón.

Sandro Silva Vicente já tinha sido identificado pela polícia como atirador. A decisão pela prisão foi expedida na noite de segunda-feira (16/12), pela juíza Alessandra da Rocha Lima Riodis, da 1ª Vara Criminal da capital.

Na quinta-feira (12/12), o argentino entrou por engano no bairro rio Comprido, na comunidade do Escondidinho, enquanto se dirigia ao Cristo Redentor. Ele foi baleado na cabeça e está internado em estado muito grave no Hospital Municipal Souza Aguiar, segundo a Secretaria de Estado de Saúde.

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Conforme a decisão judicial, a prisão de Sandro é "imprescindível para a continuidade e êxito das investigações policiais". A detenção tem duração de 30 dias para apresentação de novas evidências do crime.

Além de Sandro, outros quatro suspeitos com envolvimento na tentativa de homicídio são indicados pela polícia: Cláudio Augusto dos Santos, o Jiló; Tiago de Oliveira, o TG; Raphael Corrêa Pontes, o De Lara; e um suspeito não identificado.

O Ministério Público do Rio de Janeiro havia solicitado a prisão de todos os listados. No entanto, a magistrada entendeu não haver indícios suficientes para comprovar a autoria de Cláudio, Tiago e Raphael.

O crime

Gastón dirigia um Volkswagem Taos quando entrou por engano na comunidade do Escondidinho, dominada pelo Comando Vermelho. Ele se dirigia ao Cristo Redentor e errou o caminho.

Dois indivíduos com pistolas se aproximaram do carro e, antes de o veículo frear, um dos suspeitos atirou contra a vítima, segundo testemunhas.

Sandro da Silva Vicente foi reconhecido por pessoas que presenciaram o crime. Ele tem mais de 20 passagens criminais.

Em um primeiro momento, o juiz do plantão, Orlando Eliazaro Feitosa, não decretou a prisão do suspeito, visto que não haveria "urgência qualificada" que fundamentasse "a necessidade de intervenção do Juízo de plantão".

Isabela Stanga
postado em 17/12/2024 11:05 / atualizado em 17/12/2024 11:09
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