OPERAÇÃO

Polícia investiga possível desvio de R$ 10 milhões na Saúde de Goiânia

Cinco mandados de prisão e 17 mandados de busca e apreensão em Goiânia e Anápolis foram cumpridos

Segundo investigações da Polícia Civil de Goiás, os desvios na saúde de Goiânia ultrapassam R$ 10 milhões -  (crédito: Divulgação PCGO)
Segundo investigações da Polícia Civil de Goiás, os desvios na saúde de Goiânia ultrapassam R$ 10 milhões - (crédito: Divulgação PCGO)

A Polícia Civil de Goiás, por meio da Delegacia Estadual de Combate à Corrupção, deflagrou, nesta terça-feira (17/12), uma operação com o objetivo de cumprir cinco mandados de prisão e 17 mandados de busca e apreensão em Goiânia e Anápolis contra suspeitos de desviar R$ 10 milhões de recursos da saúde.

A investigação é relacionada ao desvio de recursos públicos em Goiânia por meio de uma associação criminosa. O crime teria sido praticado mediante fraude em convênio estabelecido entre a Secretaria Municipal de Saúde e uma empresa responsável pela prestação de serviços nessa área.

Em nota enviada ao Correio, a Secretaria Municipal de Saúde afirmou que cumprirá com todas as determinações judiciais e colabora com o fornecimento de informações e documentos necessários para garantir que todos os procedimentos sejam devidamente esclarecidos, "reforçando a integridade do serviço público".   

Intervenção na saúde

A saúde em Goiânia vem enfrentando uma crise. No dia 9 de dezembro, o Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO) determinou a intervenção do Estado na gestão da saúde pública municipal de Goiânia. O relator do caso, desembargador Jeronymo Pedro Villas Boas, destacou a gravidade da situação e afirmou que a gestão municipal demonstrou "total ineficiência e falta de proatividade" em resolver os problemas enfrentados pela população. 

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A subprocuradora-geral de Justiça para Assuntos Jurídicos, Fabiana Lemes Zamalloa do Prado, citou alguns fatores que geraram a crise na saúde pública: falta de repasses financeiros para a Fundahc (gestora das unidades de saúde); retenção de verbas federais e emendas parlamentares; desvios de recursos; atrasos nos pagamentos a fornecedores; redução de leitos e precariedade estrutural das unidades. 

Aline Gouveia
postado em 17/12/2024 11:04 / atualizado em 17/12/2024 11:07
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