O diretor-geral do Senar/CNA (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural e Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil), Daniel Carrara, detalhou o “Saúde no Campo”, novo projeto para melhorar a qualidade de vida do agricultor e aumentar a produtividade do agro por meio da tecnologia. O programa do Senar tem como objetivo prevenir e cuidar do profissional e das famílias que vivem no campo.
“Nós fizemos um diagnóstico em 380 mil propriedades rurais, há mais de 10 anos, dos principais problemas dentro das propriedades rurais, o que trouxe para a gente a necessidade de tecnologia em cadeias específicas, mas também foi possível diagnosticar que a saúde é um grande problema no campo. Apesar da área da saúde e educação serem as mais capilarizadas no país, identificamos que o produtor rural ainda sente muita falta de apoio nessas áreas”, disse em entrevista ao CB.Agro desta sexta-feira (13/12). O programa é uma parceria do Correio com a TV Brasília.
Confira íntegra da entrevista:
De acordo com Carrara, trata-se de uma iniciativa voltada para educação, saúde e prevenção. “Estamos contratando uma rede de técnicos de enfermagem que vão acompanhar, em um primeiro momento, nosso técnico de assistência de desenvolvimento da Saúde. Então, o Senar, como uma instituição que vai até o produtor, levando formação, levando assistência técnica, agora, vai também levar saúde.”
Entre os problemas de saúde presentes no campo, ele ressalta uma preocupação com doenças como diabetes, pressão alta e doenças na área da saúde mental. “Nós temos muitos problemas de depressão, de demência nas propriedades rurais e, grande parte disso, é em função da falta de atendimento e de um acompanhamento contínuo dessas pessoas”, explica.
Próximos passos
Segundo o diretor, a ideia é ampliar o programa para 20 estados diferentes até ano que vem, com mais de 40 mil propriedades atendidas. “Nós terminamos a formação e capacitação dos técnicos, que já estão em atuação em três estados, no Mato Grosso, Tocantins e Bahia. Nesse primeiro momento, abrimos um processo de adesão de mais 10 estados. Já no primeiro e segundo semestres do ano que vem, a nossa meta será de 20 estados. Serão 40 mil propriedades atendidas”, frisa.
Carrara afirma ainda que o objetivo inicial do programa não é um processo curativo, mas sim uma educação para a saúde e para a prevenção. “É claro que, se o técnico tiver identificado um problema sério, como câncer ou alguma coisa mais séria, ele vai ser a pessoa responsável por fazer essa conexão do sistema para o SUS ou a rede privada para que faça o atendimento curativo”, aponta.
“Saúde no Campo” tem um orçamento de R$ 200 milhões, mas o diretor-geral ressalta que, em caso de falta de dinheiro, a orientação do presidente do Senar/CNA, João Martins, é de mais captação de recursos para o atendimento necessário para os trabalhadores do campo.
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*Estagiária sob a supervisão de Andreia Castro