O bilionário Abdul Fares, 40, noivo da atriz Marina Ruy Barbosa e um dos herdeiros da empresa Marabraz, move uma ação judicial contra o próprio pai, Jamel Fares Marabraz, confundador da rede varejista de móveis. Na ação, Fares, pede a interdição e curatela do patriarca da família. O processo corre sob sigilo na comarca de Simões Filho, na Bahia. As informações foram divulgadas pela coluna da jornalista Eliane Trindade na Folha de S. Paulo.
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No pedido de interdição, Abdul alega que Jamel enfrenta uma profunda depressão, além de outros problemas de saúde, como cardiopatia e dependência de medicamentos controlados. Para sustentar sua defesa, o filho apresentou relatórios psiquiátricos e neurológicos.
Entretanto, Jamel tomou conhecimento do processo por meio de uma verificação rotineira feita pela assessoria jurídica da Marabraz. Em uma petição protocolada em 5 de dezembro, ele contestou as alegações e qualificou o filho como “ingrato e parasita” e ainda acusa Abdul de falsidade ideológica.
Conflito familiar
Segundo a colunista, a ação de interdição, acompanhada pela solicitação de internação do pai, revela uma disputa judicial que começou quando o patriarca e seu irmão Nasser Fares, atual gestor do grupo Marabraz, recorreram à Justiça de São Paulo para recuperar ações da holding familiar. Atualmente os valores estão registradas em nome dos seis herdeiros.
A situação culminou em uma queixa-crime contra Abdul, protocolada nesta terça-feira (10) no 2° Distrito Policial de Barueri, em São Paulo. "Nada mais doloroso para um pai do que se ver na obrigação de processar criminalmente o próprio filho", diz a notícia-crime.
A defesa de Jamel ainda alega que "Abdul vem lançando mão de meios manifestamente criminosos e fraudulentos para tentar interditar e internar seu pai".
Pai e filho desistem
Após repercussão do imbróglio familiar evolvendo James e Abdul Fares, a colunista Eliane Trindade publicou, nesta quinta-feira (12/12), uma atualização do caso. O noivo de Marina Ruy Barbosa desistiu da ação interdição do pai e James decidiu retirar a queixa-crime protocolada em Barueri.
Trindade também contou que uma foto com pai e filho juntos lendo a Folha circulou em grupos de WhatsApp de amigos da família bem como uma declaração com firma reconhecida por James, cuja data é de 11 de dezembro, que afirma que "o teor da matéria me surpreendeu profundamente. Jamais autorizei a adoção de medidas criminais contra meu filho. Os detalhes dessa vida privada não são do interesse de ninguém".
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O patriarca também escreveu que "infelizmente, não é circunstância inédita que divergências familiares em grupos empresariais sejam, em parte, o objeto de disputas judiciais". Na conclusão, o confundador da rede varejista disse que "o sigilo desse tipo de procedimento, quando violado por vazamentos sensacionalistas, causa danos irremediáveis a todos os envolvidos".
O Correio tenta contato com as defesas de Jamel e de Abdul para comentar sobre o caso, mas não recebeu retorno até a mais recente atualização desta matéria. O espaço segue aberto para posicionamentos.