CASO DE FAMÍLIA

Noivo de Marina Ruy Barbosa pede interdição do pai e depois desiste, diz jornal

No pedido de interdição, Abdul Fares alega que o cofundador da empresa de móveis Marabraz enfrenta uma profunda depressão, além de outros problemas de saúde

O processo corre sob sigilo na comarca de Simões Filho, na Bahia -  (crédito: Reprodução Instagram)
O processo corre sob sigilo na comarca de Simões Filho, na Bahia - (crédito: Reprodução Instagram)

O bilionário Abdul Fares, 40 anos, noivo da atriz Marina Ruy Barbosa e um dos herdeiros da empresa Marabraz, move uma ação judicial contra o próprio pai, Jamel Fares Marabraz, confundador da rede varejista de móveis. Na ação, Fares pede a interdição e curatela do patriarca da família. O processo corre sob sigilo na comarca de Simões Filho, na Bahia. As informações foram divulgadas pela coluna da jornalista Eliane Trindade na Folha de S. Paulo.

No pedido de interdição, Abdul alega que Jamel enfrenta uma profunda depressão, além de outros problemas de saúde, como cardiopatia e dependência de medicamentos controlados. Para sustentar sua defesa, o filho apresentou relatórios psiquiátricos e neurológicos.

Entretanto, Jamel tomou conhecimento do processo por meio de uma verificação rotineira feita pela assessoria jurídica da Marabraz. Em uma petição protocolada em 5 de dezembro, ele contestou as alegações e qualificou o filho como “ingrato e parasita” e ainda acusa Abdul de falsidade ideológica.

Conflito familiar

Segundo a colunista, a ação de interdição, acompanhada pela solicitação de internação do pai, revela uma disputa judicial que começou quando o patriarca e seu irmão Nasser Fares, atual gestor do grupo Marabraz, recorreram à Justiça de São Paulo para recuperar ações da holding familiar. Atualmente os valores estão registradas em nome dos seis herdeiros.

A situação culminou em uma queixa-crime contra Abdul, protocolada nesta terça-feira (10) no 2° Distrito Policial de Barueri, em São Paulo. "Nada mais doloroso para um pai do que se ver na obrigação de processar criminalmente o próprio filho", diz a notícia-crime.

A defesa de Jamel ainda alega que "Abdul vem lançando mão de meios manifestamente criminosos e fraudulentos para tentar interditar e internar seu pai".

Pai e filho desistem 

Após repercussão do imbróglio familiar evolvendo James e Abdul Fares, a colunista Eliane Trindade publicou, nesta quinta-feira (12/12), uma atualização do caso. Abdul desistiu da ação interdição do pai e James decidiu retirar a queixa-crime protocolada em Barueri.

Eliane também contou que circulou em grupos de WhatsApp de amigos da família uma declaração com firma reconhecida por James, cuja data é de 11 de dezembro, que afirma que "o teor da matéria me surpreendeu profundamente. Jamais autorizei a adoção de medidas criminais contra meu filho. Os detalhes dessa vida privada não são do interesse de ninguém".

O patriarca também escreveu que "infelizmente, não é circunstância inédita que divergências familiares em grupos empresariais sejam, em parte, o objeto de disputas judiciais". Na conclusão, o confundador da rede varejista disse que "o sigilo desse tipo de procedimento, quando violado por vazamentos sensacionalistas, causa danos irremediáveis a todos os envolvidos".

O Correio entrou em contato com as defesas de Jamel e de Abdul para comentar sobre o caso. A assessoria da Warde Advogados, responsável pela defesa de Jamel, afirma que tem uma procuração, de 6 de dezembro de 2024, de Jamel Fares a Warde Advogados conferindo “poderes especiais para apresentar notícia-crime com pedido de instauração de inquérito policial ou outro procedimento investigatório" contra o filho. Já a de Abdul não atendeu as ligações até a mais recente atualização desta matéria. O espaço segue aberto para posicionamentos.

 

Raphaela Peixoto
postado em 12/12/2024 10:10 / atualizado em 12/12/2024 18:41
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