O ano era 2019. Em um dos vídeos do quadro Repórter Doidão, o humorista Diogo Defante pede para que um garoto mande uma mensagem natalina para os espectadores. É então que ele se confunde e solta um “Valeu, Natalina”. É assim que nasceu um dos memes mais famosos, que é resgatado nas redes sociais em todo fim de ano.
No entanto, a identidade do garoto e do amigo que aparecia no vídeo disputando a atenção de Defante só foi descoberta no ano seguinte. Tratava-se da dupla Kayck e Wesley. Na ocasião, o humorista deu um “dia de princeso” para as crianças, com direito a lanche, computador, smartphone, roupas e acessórios.
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Eles até criaram perfis nas redes sociais, mas que não são atualizados desde janeiro de 2021. No mesmo ano, a dupla foi convidada para um episódio do “Juscelino Kubicast”, podcast comandado por Defante.
Saiba Mais
Agora, em 2024, quando o meme voltava a ficar em alta, uma internauta encontrou Kayck em uma praia do Rio de Janeiro, vendendo doces. Nas imagens, ele repete as frases do famoso vídeo. Mas agora o garoto tem aparência mais adulta e algumas tatuagens.
Em outra postagem, um internauta conta que Kayck disse não ter ganhado dinheiro com o meme e, por isso, continua vendendo suas balas nas ruas e morando no mesmo local, em Duque de Caxias, no Rio de Janeiro. “Moleque super humilde e gente fina”, classificou o perfil.
O mesmo internauta contou que Kayck não quis falar sobre o amigo Wesley, que também aparece no vídeo. O paradeiro do outro jovem segue desconhecido.
Processo judicial
No ano passado, veio a público que a família de um dos garotos moveu um processo contra Defante, alegando o uso não autorizado da imagem do filho. A ação pede compensações caso as cenas sejam compartilhadas por terceiros, com direito a multas diárias no valor de R$ 5 mil. Segundo publicado pelo jornal O Globo, a família alegou que Defante teria alcançado “altos patamares” e teria “se aproveitado da vulnerabilidade do jovem” para “auferir grandes lucros”.
Em junho de 2024, a jornalista Flávia Oliveira revelou que o humorista apresentou uma petição discordando de algumas das provas apresentadas pela família. Ele também deu depoimento e rebateu as acusações dizendo que a mãe do garoto não se opôs à gravação nem pediu que o vídeo fosse excluído. Além disso, duas testemunhas foram apresentadas.