violência policial

Corregedoria pede prisão de PM que jogou homem de ponte em SP

Ele e outros 12 policiais já estão afastados das funções. O caso ocorreu no último domingo (1º/12), na zona sul da capital paulista

A vítima, identificada apenas como Marcelo, foi arremessada em um córrego e precisou ser resgatada por moradores da região -  (crédito: Reprodução/Redes sociais)
A vítima, identificada apenas como Marcelo, foi arremessada em um córrego e precisou ser resgatada por moradores da região - (crédito: Reprodução/Redes sociais)

A Corregedoria da Polícia Militar de São Paulo solicitou à Justiça Militar, nesta quarta-feira (4/12), a prisão do soldado de primeira classe Luan Felipe Alves Pereira, acusado de arremessar um homem de uma ponte durante uma abordagem policial em Vila Clara, zona sul da capital paulista, na noite do último domingo (1º).

Vídeo flagrou o momento em que o PM comete o crime. Ele e outros 12 policiais envolvidos no caso já foram afastados das funções.

O Grupo de Atuação Especial de Segurança Pública e Controle Externo da Atividade Policial (Gaesp) também requisitou o envio, em até 24 horas, de cópias do boletim de ocorrência e das solicitações de todas as perícias realizadas no caso à Polícia Militar. 

Além disso, a promotoria determinou que a Corregedoria da PM comprove, no prazo de cinco dias, a abertura de um Inquérito Policial Militar e o afastamento dos envolvidos. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP), os afastados incluem dois sargentos e 11 cabos e soldados, que permanecerão fora das ruas até a conclusão das investigações.

O Gaesp ainda recomendou ao comandante-geral da Polícia Militar, coronel Cássio Araújo de Freitas, que, em até 10 dias, oriente formalmente toda a tropa a cumprir integralmente os procedimentos operacionais e normativas sobre abordagens policiais. O objetivo é minimizar erros, abusos e a letalidade em situações como essa.A utilização de câmaras policiais também é recomendada pelo MP em outro documento enviado nesta terça. 

A vítima, identificada apenas como Marcelo, foi arremessada em um córrego e precisou ser resgatada por moradores da região. Segundo Antonio Donizete do Amaral, pai de Marcelo, o filho passa bem e não tinha passagens pela polícia. 

*Estagiária sob supervisão de Pedro Grigori

 

postado em 04/12/2024 17:42 / atualizado em 04/12/2024 17:42
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