A quantidade de brasileiros que vivem em situação de precariedade e extrema pobreza atingiu o menor nível em 12 anos. De acordo com dados publicados nesta quarta-feira (4/12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 3,1 milhões de pessoas deixaram essa realidade na passagem de 2022 para 2023. No total, essa estatística passou de 12,6 milhões para 9,5 milhões nesse período, o que representa o menor número desde 2012.
Nesse mesmo período, a taxa de brasileiros abaixo da linha da pobreza também caiu, de 31,6% para 27,4%, o que também indica o menor valor percentual desde 2012. Atualmente, o Banco Mundial considera a linha da pobreza por uma renda igual ou inferior a R$ 665 por mês (US$ 6,85/dia).
Em 2022, o IBGE apontou que 67,7 milhões de brasileiros viviam nessas condições. No ano seguinte, esse número caiu para 59 milhões. Com isso, calcula-se que 8,7 milhões de pessoas deixaram a situação de pobreza no país nesse período.
A pesquisa também indica que mais da metade (51%) das pessoas que vivem em áreas rurais foram beneficiadas por programas sociais em 2023. Nas áreas urbanas, essa proporção recuava para 24,5%. Por idade, cerca de 42,7% das pessoas com 0 a 14 anos viviam em domicílios com benefícios de programas sociais.
‘Nem-nem’
Outro apontamento realizado pelo IBGE foi que o número de jovens entre 15 e 29 anos que não estudam e nem trabalham, os chamados ‘nem-nem’, atingiu a menor proporção (21,2%) desde 2012, no início da série histórica, o que ainda representa 10,3 milhões de pessoas.
Desse total, 4,6 milhões (ou 45,2%) são mulheres pretas ou pardas, enquanto as mulheres brancas somaram 1,9 milhão (ou 18,9%). Já os homens pretos ou pardos representavam 2,4 milhões (23,4%) e os homens brancos, 1,2 milhão (11,3%).