Morto pela PRF

Caso Genivaldo: Justiça define júri e começa a ouvir testemunhas

A sentença dos responsáveis pela morte do homem em uma viatura da PRF será dada por um júri popular

A Justiça de Sergipe iniciou, nesta terça-feira (26/11), o júri popular dos três ex-agentes da Polícia Rodoviária Federal acusados pela morte de Genivaldo de Jesus Santos, 38, em maio de 2022. Os réus, Paulo Rodolpho Lima Nascimento, Kléber Nascimento Freitas e William de Barros, são acusados de tortura e homicídio triplamente qualificado.

O julgamento é realizado no Fórum Estadual da Comarca de Estância, a 70 quilômetros de Aracaju, capital do estado. O sorteio do júri se deu pela manhã. De 50 pessoas convocadas, 7 foram selecionadas: quatro homens e três mulheres. Eles ficarão incomunicáveis até a decisão. O julgamento deve se estender pelos próximos dias.

Em setembro, a 7ª Vara Federal de Sergipe já havia determinado que a União pagasse indenização por danos morais ao filho de Genivaldo no valor de R$ 1 milhão. Também determinou o pagamento de uma pensão mensal de dois terços do salário mínimo.

Relembre o caso

Em 25 de maio de 2022, Genivaldo pilotava uma moto e foi abordado na BR-101 em Umbaúba (SE) por três agentes da Polícia Rodoviária Federal por não usar capacete. Durante a abordagem, os policiais rodoviários agrediram Genivaldo — que era diagnosticado com esquizofrenia — e o colocaram dentro de uma viatura.

Depois, os policiais jogaram spray de pimenta e gás lacrimogênio no interior do veículo, impedindo a saída do homem, que morreu por asfixia.

Os três foram expulsos da PRF em 2023. A demissão foi assinada, à época, pelo então ministro da Justiça, Flávio Dino, que disse ter pedido a revisão de protocolos policiais.

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