POVOS INDÍGENAS

PF intensifica combate ao garimpo ilegal na Terra Indígena Munduruku

Operação resultou na apreensão e destruição de equipamentos usados nas atividades criminosas, como motores e estruturas logísticas

A Polícia Federal, em ação conjunta com outras forças de segurança, intensificou, no sábado (23/11), o combate ao garimpo ilegal na Terra Indígena Munduruku, nos municípios de Jacareacanga e Itaituba, no Pará. Sob coordenação da Casa Civil e com a participação de 20 órgãos federais, a operação atende à determinação do Supremo Tribunal Federal.

Durante a ação, a Polícia Federal realizou operações de repressão direta ao garimpo ilegal, resultando na apreensão e destruição de equipamentos usados nas atividades criminosas, como motores e estruturas logísticas.

"A ofensiva representou um golpe significativo contra organizações criminosas que exploram ilegalmente a Amazônia, reforçando o compromisso com a proteção do território indígena e do meio ambiente", informou a Polícia Federal.

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Além da Polícia Federal, a operação envolveu a Casa Civil, Secretaria-Geral da Presidência da República, Secretaria de Comunicação Social (Secom), Ministério da Justiça e Segurança Pública, Ministério da Defesa, Ministério do Meio Ambiente, Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Ministério dos Povos Indígenas, Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania, Ministério do Trabalho e Emprego, EstadoMaior das Forças Armadas, Funai, Ibama, Força Nacional de Segurança Pública, Polícia Rodoviária Federal, Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e o Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam).

A bacia do Tapajós, onde se localiza a Terra Indígena Munduruku, é um dos pontos mais críticos do Brasil em termos de garimpo ilegal. Entre 1º de janeiro e 29 de agosto de 2023, os municípios de Itaituba, Jacareacanga e Novo Progresso, no estado do Pará, geraram 9.017 alertas de garimpo. Destes, 7.653 estavam localizados dentro de Unidades de Conservação Federal ou Terras Indígenas, representando 41% do total de alertas registrados no Brasil no período.

Segundo o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, a presença de garimpeiros na região tem causado sérios danos ambientais, como desmatamento, contaminação de rios com mercúrio e outros poluentes, e a destruição do habitat de diversas espécies da fauna e flora locais.

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