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Bahia confirma morte de bebê por coqueluche após 5 anos sem registros

Segundo a Sesab, 18 casos de coqueluche foram confirmados na Bahia em 2024

A Secretaria da Saúde da Bahia (Sesab) confirmou nesta quarta-feira (20/11) a morte de um bebê de 9 meses por coqueluche em Teixeira de Freitas, no sul do estado. A menina, que faleceu em 12 de novembro, é o primeiro caso fatal registrado na Bahia após cinco anos sem ocorrências de mortes pela doença. Ela não havia recebido nenhuma vacina do calendário infantil e também foi diagnosticada com covid-19, rotavírus e adenovírus.

Segundo a Sesab, 18 casos de coqueluche foram confirmados na Bahia em 2024. Destes, 14 são em mulheres, com idades entre 1 mês e 32 anos, sendo que 46% das notificações envolvem crianças com menos de 1 ano. Em setembro, uma criança de dois meses também foi diagnosticada com a doença em Teixeira de Freitas, elevando a preocupação das autoridades locais.

Como resposta, a Secretaria intensificou campanhas de vacinação e conscientização no município. A orientação para a população é buscar atendimento médico diante de tosse persistente ou caso tenha tido contato com pessoas com sintomas suspeitos.

Coqueluche

A coqueluche, ou tosse comprida, é uma doença respiratória altamente contagiosa causada pela bactéria Bordetella pertussis, caracterizada por ataques de tosse severa que podem causar complicações graves, especialmente em bebês e crianças pequenas. A principal forma de prevenção é a vacinação, disponível gratuitamente nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), através da vacina pentavalente, que faz parte do calendário nacional de imunização. Além da vacina, é importante buscar atendimento médico ao notar sintomas como tosse persistente e dificuldade para respirar, garantindo diagnóstico e tratamento adequados.

Crise na Vacinação

Nos últimos dez anos, a cobertura vacinal no Brasil tem caído drasticamente, aumentando a vulnerabilidade da população — especialmente de crianças — a doenças previamente erradicadas, como sarampo e poliomielite, que podem causar sequelas graves ou até levar à morte. Apesar de o índice ideal de vacinação ser superior a 90%, as taxas gerais de imunização estão abaixo desse patamar desde 2012, chegando a apenas 50,4% em 2016. Em 2021, o percentual foi de 60,7%, conforme dados do Datasus, ligado ao Ministério da Saúde.

*Estagiária sob supervisão de Ronayre Nunes

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