Rio de Janeiro — O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou da abertura da terceira sessão da Cúpula do G20 nesta terça-feira (19/11). O tema da discussão é sobre mudanças climáticas, e o petista aproveitou para falar da COP30, que acontece no Brasil no ano que vem.
“Enquanto estamos aqui, nossos representantes estão em Baku negociando uma nova meta de financiamento climático. Não há ambição que se sustente sem meios de implementação. Em Paris, falávamos em uma centena de bilhões de dólares por ano, que o mundo desenvolvido não cumpriu. Hoje, falamos em trilhões. Esses trilhões existem, mas estão sendo desperdiçados em armamentos, enquanto o planeta agoniza”, iniciou o presente, relembrando da COP29, que ocorre no Azerbaijão.
Lula, então, relembrou que no ano que vem, o Brasil sediará a COP30, em Belém, no Pará. “A COP30 será nossa última chance de evitar uma ruptura irreversível no sistema climático. Conto com todos para fazer de Belém a COP da virada”, apontou.
“Foi no Rio de Janeiro que nasceram as três Convenções-Quadro da ONU sobre Mudança do Clima, Biodiversidade e Desertificação. Poucos de nós imaginavam que, três décadas depois, estaríamos vivendo o ano mais quente da história, com enchentes, incêndios, secas e furacões cada vez mais intensos e frequentes”, frisou o presidente ao citar a conferência Rio-92, também conhecida como Eco-92 ou Cúpula da Terra, que aconteceu em 1992.
O chefe do Executivo também lembrou do Acordo de Paris, de limitar o aquecimento médio do planeta a 1,5ºC, o que já está acontecendo neste ano. “O Acordo de Paris está chegando a Belém com 10 anos, e seus resultados ainda estão muito aquém do necessário. Não há mais tempo a perder. O G20 é responsável por 80% das emissões de gases do efeito estufa”, ressaltou.
Na Declaração de Líderes do G20, consensual ontem, o grupo prevê que os países mantenham a média de temperatura “bem abaixo de 2ºC”. Uma Força-Tarefa para a Mobilização Global contra a Mudança do Clima também foi anunciada para mitigar os efeitos do aquecimento global.
“Não há mais tempo a perder. O G20 é responsável por 80% das emissões de gases do efeito estufa”, destacou o chefe do Executivo.
As Contribuições Nacionalmente Determinadas, chamadas de “NDCs”, também foram alvo de pedido de atenção do presidente.
“É fundamental que as novas NDCs estejam alinhadas à meta de limitar o aumento da temperatura global a um grau e meio. Nossa bússola continua sendo o princípio das responsabilidades comuns, porém diferenciadas. Esse é um imperativo da justiça climática. Mesmo que não caminhemos na mesma velocidade, todos podemos dar um passo a mais”, finalizou.
Saiba Mais
-
Revista do Correio 8 maiores raças de cachorro do mundo
-
Revista do Correio 8 maiores raças de cachorro do mundo
-
Mundo Ataque da Ucrânia à Rússia com mísseis dos EUA: como a decisão de Biden pode ampliar guerra
-
Revista do Correio Iluminador nas olheiras vale a pena? Saiba se a técnica viral funciona
-
Turismo Passageiros afetados por cancelamentos de voos até outubro já supera todo 2023
-
Turismo Conheça um parque aquático nas férias de verão