O Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) avalia se o influenciador Dilson Alves da Silva Neto, conhecido como Nego Di, teria violado as medidas impostas pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) para a liberdade provisória que foi concedida a ele na última quarta-feira (27/11), a pedido da defesa.
O influenciador estava sob prisão preventiva desde julho, acusado de fraude eletrônica e lavagem de dinheiro, gerando prejuízo de mais de R$ 5 milhões a mais de 300 pessoas. Junto ao sócio Anderson Boneti, ele é investigado por vendas fraudulentas no site Tadizuera. As vítimas reclamaram pela compra de produtos que não foram entregues, e que também não foram reembolsadas por isso.
- Leia também: Moraes culpa redes sociais por radicalização
O STJ impôs algumas ordens para que o pedido de liberdade provisória fosse aceito, entre elas: comparecer periodicamente em juízo para justificar atividades, não mudar de endereço, entregar o passaporte e não utilizar redes sociais. Este último pedido foi o que gerou polêmica quando, no mesmo dia da soltura, as advogadas Tatiana Borsa e Camila Rodrigues postaram uma foto via Instagram brindando ao lado de Nego Di.
Tatiana Borsa afirmou em defesa que a proibição do STJ se dirigia apenas às redes sociais do cliente. “As fotos estão no meu perfil. Por isso, não vemos problema”, disse a advogada. Como o texto da Justiça vetava Nego Di de usar e frequentar redes sociais, as advogadas apagaram todas as mídias que contavam com a presença dele na conta de terceiros.
Esta proibição foi imposta em razão de ter sido considerado que o ex-BBB utilizava as redes sociais para obter vantagens em esquemas que lesavam os seguidores.
Ao deixar a Penitenciária Estadual de Canoas, ele organizou uma confraternização com a presença da mulher e de amigos, que postaram fotos e vídeos com ele em comemoração à soltura. Todas as publicações foram apagadas.
O Correio tenta contato com o MPRS. Em caso de resposta, o texto será atualizado.
*Estagiária sob supervisão de Mariana Niederauer