O Superior Tribunal de Justiça (STJ) decretou liberdade provisória ao influenciador Dilson Alves da Silva Neto, popularmente conhecido como Nego Di, nesta quarta-feira (27/11). Após mais de 130 dias preso, ele permanecerá em liberdade até o dia do julgamento do mérito de habeas corpus, que ainda não tem data definida. Até às 18h09, ele ainda permanecia na Penitenciária Estadual de Canoas.
Mesmo estando em liberdade, Nego Di terá que cumprir algumas medidas impostas pelo órgão, como comparecer periodicamente em juízo para justificar atividades, não mudar de endereço (salvo em caso de autorização judicial), não se ausentar da comarca sem prévio aviso ao juízo e não utilizar redes sociais. Ele também teve o passaporte confiscado.
O influenciador estava em prisão preventiva desde julho, acusado de estelionato e lavagem de dinheiro. Nego Di e o sócio, Anderson Boneti, são acusados em um caso de esquema de fraude da loja virtual Tadizuera. De acordo com o STJ, eles são responsáveis pela fraude que atingiu mais de 370 clientes entre 18 de março e 26 de julho de 2022.
A Polícia Civil divulgou que neste período a movimentação nas contas de Nego Di ultrapassaram R$ 5 milhões e também afirma que o influenciador utilizou do alcance da própria popularidade nas redes sociais para atingir alvos por todo o Brasil.
Conheça Nego Di
O porto-alegrense é influenciador digital e comediante e ganhou mais visibilidade quando participou do reality Big Brother Brasil em 2021. Ele foi eliminado com 98,76% de votos, após 22 dias na casa. Além de uma passagem polêmica pelo BBB, Nego Di já teve o nome atrelado à questões envolvendo a justiça.
Depois da eliminação, ele começou a investir em conteúdos digitais divulgando rifas e proferindo falas como “quem comprar mais números ganha o prêmio”. A ação tem sido investigada pelo Ministério Público (MP) e levou a uma operação contra ele e a companheira.
Ele já sofreu sanções da Justiça do Rio Grande do Sul quando divulgou fake news sobre a tragédia climática que o estado enfrentou no começo do ano. Na época, ele postou imagens falsas de cadáveres boiando, que não condizem com a tragédia citada, e também acusou as autoridades de proibirem barcos e jet skis de realizarem os resgates, em decorrência da ausência de pilotos.
*Estagiária sob supervisão de Pedro Grigori