A defesa de Élcio de Queiroz, condenado pelo assassinato da vereadora Marielle Franco (PSol) e do motorista Anderson Gomes em 2018, solicitou sua transferência para um presídio no Rio de Janeiro. Atualmente, Queiroz cumpre pena no Centro de Internamento e Reeducação, em Brasília.
O pedido destaca que a transferência é necessária para permitir visitas familiares, já que seus parentes enfrentam dificuldades financeiras e não conseguem arcar com os custos de viagens regulares entre o Rio de Janeiro e o Distrito Federal. A advogada Ana Paula Cordeiro argumenta que a condição financeira da família, que vive em situação de pobreza, impossibilita as visitas, o que prejudica o processo de ressocialização de Queiroz. Ela também destacou o bom comportamento do ex-PM na prisão, sem registros de infrações disciplinares.
"A família do increpado [Élcio] enfrenta sérias dificuldades financeiras, vivendo em condições de pobreza, o que torna inviável financeiramente a realização de visitas regulares ao reeducando, dado o alto custo de deslocamento entre o Rio de Janeiro e o Centro de Internamento e Reeducação (CIR) no Distrito Federal", afirma a advogada Ana Paula Cordeiro.
O pedido foi apresentado à juíza Lúcia Glioche, da 4ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, que solicitou um parecer do Ministério Público antes de decidir.
Élcio foi condenado a 59 anos e 8 meses de prisão, mais 10 dias-multa, por homicídio triplamente qualificado. No entanto, seu acordo de delação premiada reduziu a pena para 30 anos, sendo 12 em regime fechado, até 2031. Élcio dirigiu o veículo usado na perseguição a Marielle e Anderson, enquanto Ronnie Lessa realizou os disparos. Lessa, também condenado, recebeu pena de 78 anos e 9 meses de prisão, mais 30 dias-multa. Ele firmou delação premiada, com cumprimento de pena em regime especial.
*Estagiária sob supervisão de Mariana Niederauer
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