Em entrevista ao CB.Agro desta sexta-feira (22/11), o presidente da Cooperativa de Negócios Agropecuários do Distrito Federal e do Entorno (Coopemel), Sérgio Farias, comemorou a criação da cooperativa — na última segunda-feira (18/11) — e espera que a produção de mel do DF e do entorno cresça. O CB.Agro é uma parceria do Correio com a TV Brasília.
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Segundo dados da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF) apurados pelo Correio, o DF e Entorno contam com aproximadamente 290 produtores, com 3.183 colmeias que chegam a produzir mais de 34 toneladas de mel.
“O que nós queremos com a cooperativa é incentivar que os nossos apicultores e meliponicultores possam aplicar dentro da sua área, nas suas colmeias, no seu apiário, manejos adequados”, comentou Farias.
Assista à entrevista na íntegra:
Para o especialista, isso é o que vai “fazer com que a nossa produção aumente”. Além disso, ele ressalta que o que vai aumentar a produção não é a quantidade de caixas de abelha, mas, sim, o melhoramento genético das rainhas, a qualidade do manejo, a alimentação das abelhas, a troca de cera, entre outros detalhes. Seguindo esses cuidados, ele estima que a produção de mel possa atingir 120 toneladas.
Além disso, o presidente da Coopemel comentou que, para a criação da cooperativa, era necessário um número mínimo — eles conseguiram 32 produtores cooperados — e que, para isso, limitaram a entrada de outros apicultores. Porém, com a criação do grupo, ele prevê que, nas próximas assembleias, entrem por volta de 20 a 30 novos cooperados por reunião.
“A partir de agora, nós vamos fazer novas assembleias e novos apicultores e meliponicultores vão entrar. Vamos fazer, no mês de dezembro, uma nova assembleia. Deve entrar mais uns 20 ou 30, e assim sucessivamente”, explicou.
Por outro lado, Farias lamenta o fato de, apesar de 70% da produção do mel brasileiro ser exportada, “o nosso público consumidor não consegue absorver a totalidade de mel que fica”. Ele explica que o consumo médio da população brasileira é de 50 a 60 gramas, dependendo da cidade.
“No Sul é um pouco mais alto, mas vindo para o Norte, Nordeste, vai diminuindo. Então, quando tem países que têm quase 1 quilo, a nossa média nacional é 60 gramas”, completou.
*Estagiário sob a supervisão de Mariana Niederauer
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