A qualidade da malha rodoviária no Brasil é tema de pesquisa publicada nesta terça-feira (19/11) pela Confederação Nacional dos Transportes (CNT). Em 2024, 26,6% das rodovias pavimentadas do país foram classificadas em condição ruim (20,8%) ou péssima (5,8%). O resultado é ligeiramente maior do que o registrado no ano anterior, quando 26,1% foram classificadas desta forma, de acordo com a Pesquisa CNT Rodovias 2024.
Além de avaliar o estado geral, a entidade ainda utiliza outros três parâmetros para classificar as rodovias: pavimento, sinalização e geometria da via. Entre estes quesitos, a pavimentação recebeu a melhor classificação, com 31,2% em ótimo estado. Por outro lado, cerca de 40% das rodovias apresentam qualidade ruim ou péssima em relação à geometria.
A geometria destaca o projeto geométrico da rodovia e como ela pode impactar aspectos como a distância de visibilidade, a segurança nas ultrapassagens e a velocidade máxima permitida. De acordo com a CNT, rodovias com boa geometria minimizam os riscos de acidentes, especialmente em curvas e aclives.
Entre os problemas relacionados a esse aspecto, a pesquisa mostra que quase a metade (46%) das rodovias analisadas em todo o país não possuem qualquer tipo de acostamento. Além disso, 26,4% contam com curvas perigosas ao longo do percurso. O levantamento também listou os pontos críticos mais recorrentes: buraco grande (1.748 ocorrências), erosão na pista (356) e queda de barreira (202).
A CNT ainda aponta que, em 2024, 48,7% das faixas centrais das pistas estão em condições desgastadas e 7,4% se encontram praticamente inexistentes. A tendência também se reflete nas faixas laterais. Além disso, não há placas de advertência na maioria dos locais onde a entidade considerou ser necessária a presença delas.
No geral, a confederação analisou 111.853 quilômetros de rodovias em todo o país, o que corresponde a 52,4% de toda a extensão pavimentada a nível nacional.
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