A Justiça de Campinas (SP) condenou a ex-panicat e modelo Ana Paula Leme pelos crimes de embriaguez ao volante, resistência à prisão e desacato. A decisão foi publicada na terça-feira (22/10).
A condenação se refere ao incidente ocorrido em 20 de julho em uma loja de conveniência – ocasião em que Ana Paula foi presa após xingar uma funcionária e chutar um policial militar.
A ex-panicat deverá cumprir um ano e três meses em regime aberto, no qual o condenado pode estudar ou exercer atividades autorizadas pela Justiça, mas deve se recolher em casa durante a noite e nos dias de folga. Além disso, a pena prevê a perda do direito de dirigir por dois meses.
Ao g1, a advogada de Ana Paula disse que vai recorrer ao Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), pedindo a absolvição da cliente.
"Como não houve teste de etilômetro nem abordagem enquanto a cliente dirigia, a condenação pelo crime de embriaguez ao volante carece de fundamento probatório", disse a advogada Caroliny Chang Rodrigues.
Acerca dos crimes de desacato e resistência, a defesa afirma que a modelo estava visivelmente embriagada quando foi abordada pelos policiais, "o que comprometeu sua capacidade de discernimento e reação adequada".
O Correio não conseguiu contato com a defesa de Ana Paula. O espaço segue aberto para possíveis manifestações.
Condenação
Para a juíza Chaiana Maria Bublitz Korte, da 4ª Vara Criminal, que assinou a condenação, não há motivos para absolvição da modelo. "A prova dos autos é firme, segura e coerente quanto à prática do tipo penal pela ré, isto é, de que conduziu seu veículo com capacidade psicomotora alterada em razão da influência de álcool, razão pela qual descabida a absolvição", redigiu na sentença.
Ana Paula foi condenada por resistência à prisão após ter chutado um policial militar enquanto era presa; desacato por ter xingado dois policiais militares e embriaguez ao volante por ter dirigido sob influência de álcool.
Conforme a sentença, a ex-panicat pode continuar em liberdade até o fim do julgamento dos recursos.