Matheus Vieira, sócio do laboratório PCS Saleme envolvido no caso dos órgãos contaminados com HIV e primo do deputado federal Dr. Luizinho (PP), foi preso nesta quarta-feira (23/10) após se entregar para a polícia. Vieira e mais cinco pessoas viraram réus acusados de associação criminosa, lesão corporal e falsidade ideológica. A técnica do PCS, Jaqueline Iris Barcellar de Assis ainda foi denunciada por falsificação de documento particular pelo diploma não emitido pela Unopar.
Ao portal G1, a defesa de Matheus, o advogado Afonso Destri, afirmou que o pedido de prisão foi arbitrário, já que o sócio do laboratório está colaborando com as investigações. “A decisão é absolutamente ilegal e constitui clara antecipação de pena, sem processo, sem julgamento. A decisão não traz qualquer fato concreto que autorize a prisão preventiva. Matheus sempre colaborou com as investigações, tanto que sequer foi alvo de prisão temporária”, declarou.
De acordo com a Polícia Civil do Rio de Janeiro, a Delegacia do Consumidor (Decon) concluiu o inquérito que investigava a contaminação por HIV nos órgãos usados em transplantes após a emissão dos laudos falsos. “Os autores foram indiciados pelos crimes de lesão corporal gravíssima por enfermidade incurável, associação criminosa, falsidade ideológica e por induzir consumidor a erro. Uma das indiciadas responde ainda por falsificação de documento particular, por ter apresentado diploma falso. A Decon representou pela prisão preventiva de todos os seis”, afirmou em nota.
A Polícia Civil do Rio afirma ainda que “a análise do material apreendido poderá trazer elementos para novas investigações”. Além disso, a Decon continua investigando o processo de contratação da empresa. "A força-tarefa do governo do Estado visa à rápida elucidação dos fatos e à responsabilização dos envolvidos em caso de constatação de irregularidades”, disse.
A reportagem entrou em contato com o deputado federal Dr. Luizinho (PP), sobrinho e primo dos sócios presos pelo caso, e o parlamentar reforçou o que já havia afirmado anteriormente. “O caso de transplantados contaminados com HIV é gravíssimo. É inadmissível que um ser humano faça um transplante e, por erros que nunca poderiam ocorrer, adquira uma nova doença. Espero que o caso seja investigado de forma rápida e os culpados sejam punidos exemplarmente. Desejo punição rigorosa aos responsáveis por este caso sem precedentes”, informou em nota.
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