RIO DE JANEIRO

Megaoperação mira facção 'Povo de Israel', composta por 18 mil detentos

Organização criminosa movimentou quase R$ 70 milhões com os crimes de tráfico de drogas e extorsão praticada por meio de falsos sequestros

A Polícia Civil do Rio de Janeiro deflagrou, nesta terça-feira (22/10), a operação 13 Aldeias contra a facção autodenominada "Povo de Israel". Segundo as investigações, a organização criminosa atua dentro de presídios e já movimentou quase R$ 70 milhões entre janeiro de 2022 e maio deste ano com os crimes de tráfico de drogas e extorsão praticada por meio de falsos sequestros.

Nesta primeira fase da operação são cumpridos 44 mandados de busca e apreensão, bloqueio de contas correntes e ativos financeiros de 84 investigados, assim como o afastamento da função pública de cinco policiais penais.

Os mandados são realizados nos bairros de Copacabana e Irajá, nos municípios de São Gonçalo, Maricá, Rio das Ostras, Búzios e São João da Barra, e no estado do Espírito Santo. A Polícia Penal também efetua ações nos presídios onde estão as lideranças da facção.

A investigação sobre a organização criminosa foi iniciada há 10 meses. A apuração identificou um complexo esquema de lavagem de capitais por meio de laranjas e empresas fantasmas que vêm abastecendo a facção.

"Surgida em 2004, após dissidência de marginais em uma rebelião, a facção conta hoje com cerca de 18 mil presos e já ocupa 13 unidades prisionais (chamadas pelos presos de 'aldeias'). Esse volume representa 42% do efetivo prisional", informou a Polícia Civil.

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