TRAGÉDIA

Turista morre após mergulho em Fernando de Noronha

Bruno Zoffoli, de 43 anos, realizava um mergulho em profundidade com auxílio de um cilindro de oxigênio quando passou mal e foi resgatado pelo SAMU

O morador de Belo Horizonte Bruno Jardim de Miranda Zoffoli, de 43 anos, morreu depois de fazer um mergulho na ilha de Fernando de Noronha, em Pernambuco, na última terça-feira (15/10). Zoffoli estava em Noronha com a família. O mineiro realizava o mergulho em profundidade com auxílio de um cilindro de oxigênio, quando passou mal.

Conforme a Administração de Fernando de Noronha, o turista foi resgatado pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) e deu entrada, na tarde da terça-feira, no Hospital São Lucas. O mineiro apresentava sintomas respiratórios e rebaixamento de nível de consciência, após mergulho profundo de cilindro.

Ele foi diagnosticado com a doença descompressiva e recebeu indicação de fazer terapia hiperbárica. Depois de realizar o tratamento por algumas horas, Zoffoli apresentou uma melhora clínica dos sintomas, No entanto, momentos depois, o mineiro acabou tendo uma parada cardiorrespiratória.

Conforme a Administração de Fernando de Noronha, apesar dos esforços em procedimentos de reanimação por cerca de 1 hora e 30 minutos, Zoffoli não resistiu. O corpo foi encaminhado para o IML, no Recife, para verificação da causa da morte.

O que é a doença descompressiva? 

A doença descompressiva é causada pelo excesso de nitrogênio, ou outro gás inerte usado na mistura respiratória, como o gás hélio, dissolvido nos tecidos do corpo humano em decorrência da permanência do indivíduo em condições hiperbáricas. A condição é propícia na atividade realizada pelos mergulhadores, principalmente os que realizam o esporte em  profundidade. 

A doença tem como gatilho a expansão das bolhas de gás inerte no sangue ou nos tecidos do corpo, quando isso acontece efeitos intravasculares podem acontecer como isquemia, trombose, espasmo vascular, estase venosa e hemorragia.

Em certas quantidades e volumes, o ser humano consegue lidar e eliminar o gás inerte, no entanto, quando a velocidade de descompressão excede a possibilidade do organismo eliminar, a doença pode acometer o mergulhador.

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