Decisão

Justiça determina que braço direito de Marcola permaneça detido em Brasília

Fuminho, conhecido por ser um dos nomes de peso dentro do PCC, vai ficar na capital federal por pelo menos três meses

Uma decisão da Justiça Federal determina que Gilberto Aparecido dos Santos, conhecido como Fuminho, braço direito de Marcos Herbas Camacho, o Marcola, continue preso na Penitenciária Federal de Brasília. Marcola é o líder do Primeiro Comando Capital (PCC), facção criminosa que domina penitenciárias pelo país.

No dia 9 deste mês, o juiz-corregedor substituto da Penitenciária Federal de Brasília, Frederico Botelho de Barros Viana, determinou que Fuminho fosse enviado para São Paulo, onde passaria ao regime semiaberto. No entanto, a Secretaria de Administração Penitenciária de São Paulo recorreu ao Tribunal de Justiça do estado, alegando que o detento é de alta periculosidade.

O juiz Hélio Narvaez, do Tribunal de Justiça de São Paulo, concedeu, na segunda-feira (14/10), uma medida cautelar, ou seja, provisória, na qual o Correio teve acesso, para manter Fuminho em Brasília por pelo menos três meses. Após esse período, nova decisão deve ser tomada sobre o caso.

No pedido, a Secretaria de Administração Penitenciária de São Paulo alegou que o “representado compõe a cúpula da facção criminosa que atua, em diversos estados da federação, e em outros países, na prática de crimes dolosos, bem como planeja resgate de presos, fatos que ocasionam subversão da ordem e segurança interna, e colocam em risco a segurança pública”.

A progressão de regime para o semiaberto foi pedida pela defesa do detento em 2022, mas desde então está sendo adiada pela Justiça. Ele foi preso em 2020, em Moçambique, na África, em uma operação internacional da Polícia Federal com autoridades estrangeiras. Ele passou 21 anos foragido.

Mais Lidas