OUTUBRO ROSA

Mitos confundem mulheres no combate ao câncer de mama, mostra levantamento

Apesar do alto número de mulheres brasileiras que dizem conhecer formas de prevenção contra o câncer de mama, mitos e desinformações ainda atrapalham informações sobre saúde

Apesar de 60% das brasileiras afirmarem conhecer formas de prevenção contra o câncer de mama, muitas ainda têm dificuldades de identificar mitos ou verdades acerca da doença, segundo estudo feito pela AC Camargo em parceria com a Nexus — Pesquisa e Inteligência de Dados. O levantamento foi realizado no mês de outubro, dedicado à prevenção e conscientização da doença. 

A pesquisa entrevistou mulheres de 16 a 60 anos sobre quatro afirmações relacionadas à prevenção do câncer de mama — como se amamentar reduz o risco, ou se o uso de próteses de silicone aumenta as chances de incidência da doença. As respostas mostram que há divisão de opiniões em todos os casos. O levantamento também apontou que, em algumas situações, mulheres com menos escolaridade acertam mais do que aquelas com maior nível de estudos. Para Fabiana Makdissi, líder do Centro de Referência em Tumores de Mama do A.C.Camargo Cancer Center, apesar do grau de conscientização ainda existem desafios para a prevenção da doença.

“A pesquisa indica que apesar de haver algum grau de conscientização sobre formas de prevenir a doença e de acesso aos exames, especialmente entre as mulheres com mais de 40 anos, onde a recomendação da mamografia começa a ser importante, ainda há muitos desafios para prevenção. Um deles é a ampliação do esclarecimento sobre mitos relacionados à doença, assim como o medo envolvendo o estigma gerado em torno de um diagnóstico como esse”, afirma Fabiana. 

Outro dado levantado foi de que 59% das mulheres brasileiras já fizeram o autoexame pelo toque e 53% realizaram mamografia. Por outro lado, 28% das participantes nunca realizaram nenhum dos dois procedimentos, e 25% desse grupo está na faixa etária acima dos 40 anos, considerada de maior risco. O estudo também indica que a participação nos exames de rotina é menor entre mulheres mais jovens, de renda mais baixa e moradoras das regiões Norte e Centro-Oeste.

*Estagiária sob supervisão de Ronayre Nunes

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