Crise sanitária

Unicef: 12 milhões de crianças não têm acesso a esgoto no Brasil

Outros 2,1 milhões de meninos e meninas não têm acesso adequado a água no país. Ainda de acordo com o alerta, 70% desses jovens se identificam como pretos ou pardos

O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) irá lançar, no Dia das Crianças, 12 de outubro, uma campanha para alertar as pessoas sobre a crise sanitária que crianças e adolescentes enfrentam no Brasil. Segundo a entidade, 12,2 milhões de jovens não têm acesso ao esgotamento sanitário e 2,1 milhões vivem sem água.

O Unicef ressalta que essa realidade compromete a saúde, o desenvolvimento físico, educacional e social dos jovens. Ainda de acordo com o alerta, 70% daqueles que estão nessa situação se identificam como pretos ou pardos e 25% das crianças e adolescentes indígenas não possuem acesso à água. A organização destaca também que as regiões mais afetadas são o semiárido nordestino e a Amazônia.

Para alertar sobre o tema, a campanha contará com o reforço do Ratinho do Castelo Rá-Tim-Bum, da TV Cultura. A ideia é arrecadar fundos para projetos voltados ao acesso de meninas e meninos a água, saneamento e higiene, especialmente em escolas e comunidades vulneráveis. A ação está alinhada, ainda, aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), especialmente o ODS 6, que trata da gestão sustentável de água e saneamento para todos. 

O Fundo aponta que o problema não é só no Brasil, mas mundial. O relatório “Thirsting for a Future” (em porguês, “Sedento por um Futuro”), da própria Unicef, mostrou que 600 milhões de crianças estarão vivendo em regiões com escassez extrema de água até 2040, intensificando a crise devido a mudanças climáticas e má gestão de recursos hídricos.

*Estagiário sob a supervisão de Andreia Castro

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