Apostas

Grupo acusado de movimentar R$ 1,6 bi em apostas on-line é alvo da PF

Dinheiro era enviado ao exterior e também era usado para financiar o tráfico de drogas, de acordo com as investigações

No curso da operação, a PF cumpriu ainda ordens judiciais de indisponibilidade de bens e de valores que podem atingir R$ 70 milhões, bem como ordens de bloqueio junto a exchanges de criptoativos em instituições de pagamentos -  (crédito: Divulgação/Polícia Federal)
No curso da operação, a PF cumpriu ainda ordens judiciais de indisponibilidade de bens e de valores que podem atingir R$ 70 milhões, bem como ordens de bloqueio junto a exchanges de criptoativos em instituições de pagamentos - (crédito: Divulgação/Polícia Federal)

A Polícia Federal deflagrou, nesta quarta-feira (30/11), uma operação contra um grupo acusado de movimentar um valor bilionário em apostas esportivas on-line. A Operação Backyard aponta que o esquema pode ter chegada a R$ 1,6 bilhão em movimentação em um período de três anos.

Durante a ação, policiais federais cumpriram nove mandados de busca e apreensão, expedidos pela 1ª Vara da Justiça Federal em Itajaí-SC, nas cidades de Itajaí, Balneário Camboriú e Navegantes, em Santa Catarina, e de Olinda, em Pernambuco.
 
No curso da operação, a PF cumpriu ainda ordens judiciais de indisponibilidade de bens e de valores que podem atingir R$ 70 milhões, bem como ordens de bloqueio junto a exchanges de criptoativos em instituições de pagamentos. De acordo com a corporação, "os valores indisponibilizados tendem a ser ainda mais representativos, visto que essas instituições são comumente utilizadas para criar dificuldades na rastreabilidade de recursos".

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O grupo investigado mantém empresas do ramo de provimento de serviços de pagamentos na região do litoral de Santa Catarina. Basicamente, essas empresas fornecem serviços de tecnologia de pagamentos para plataformas da internet. Identificou-se que o grupo vem prestando serviços de pagamentos para plataformas não autorizadas de apostas esportivas, bem como para o cometimento de golpes na internet.

Para tentar enganar as autoridades, as investigações apontaram que o dinheiro era encaminhado de maneira informal ao exterior, via criptoativos, na prática criminosa de evasão de divisas.

Além disso, foram identificados fluxos financeiros dedicados à lavagem de dinheiro para terceiros, incluindo agentes públicos e suspeitos de envolvimento em tráfico de drogas. As atividades da organização foram expandidas para o exterior em regiões da América Latina e de Portugal.

A PF afirma que a maior parte das empresas que fazem parte do grupo são empresas de fachada. "Há indícios contundentes de que o grupo criminoso expandiu, nos últimos meses, sua atuação para o exterior, com a abertura de escritórios em países da América Latina e em Portugal", destacou a corporação, em nota.
 

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postado em 30/10/2024 12:42
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