Nesta segunda-feira (21/10), o governo do Rio de Janeiro anunciou a renúncia da diretoria da Fundação Saúde, dez dias após serem revelados os casos de transplantes de órgãos infectados com HIV na capital fluminense.
A empresa pública foi responsável pela contratação do Laboratório Patologia Clínica Dr Saleme (PCS Saleme), que realizou a testagem dos órgãos antes dos transplantes.
"O Governador Cláudio Castro aceitou a renúncia da diretoria da Fundação Saúde, apresentada na manhã desta segunda-feira (21). A medida amplia a transparência e assegura que não haja interferências nas apurações já determinadas pelo Governo do Estado", afirmou a Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro em nota ao Correio.
Ao Correio, a Fundação Saúde explicou a renúncia da diretoria. "A Diretoria Executiva da Fundação Saúde se reuniu na manhã desta segunda-feira (21) e decidiu pela entrega dos cargos de direção que ocupam na instituição. Ciente de todo trabalho realizado ao longo dos últimos quatro anos, das inúmeras entregas no período, a diretoria deseja que todos os fatos sejam esclarecidos", informou.
Haverá mudança no comando de seis diretorias da Fundação Saúde: Diretoria de Recursos Humanos, Diretoria Executiva, Diretoria Administrativa e Financeira, Diretoria Administrativa e Financeira, Diretoria Técnico-Assistencial, Diretoria Jurídica e Diretoria de Planejamento e gestão.
A nova diretoria deve ser anunciada em breve, de acordo com a nota.
Relembre o caso
Seis transplantados testaram positivo para o vírus HIV após receberem órgãos infectados. De acordo com o governo do estado, o erro aconteceu em dois exames do PCS Lab Saleme, localizado na Baixada Fluminense e contratada pela Secretaria de Saúde do Rio de Janeiro para fazer a sorologia de órgãos doados.
Felipe Curi, secretário estadual da Polícia Civil do Rio de Janeiro, disse que o laboratório deliberadamente afrouxou os testes órgãos para transplantes.
Os advogados que representam o PSC Lab Saleme disseram que os sócios da empresa "prestarão todos os esclarecimentos à Justiça". A informação é do g1.
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