RIO DE JANEIRO

Técnica que assinou laudo em caso de HIV em transplantes se entrega à polícia

Jaqueline Iris Bacelar de Assis, funcionária do PCS Labs Saleme, era considerada foragida e se apresentou nesta terça-feira (15/10) à Polícia Civil do Rio de Janeiro

A técnica em patologia Jaqueline Iris Bacelar de Assis era considerada foragida pela Polícia Civil do Rio de Janeiro (PCRJ), e se apresentou nesta terça-feira (15/10). -  (crédito: Fernando Frazão/Agência Brasil)
A técnica em patologia Jaqueline Iris Bacelar de Assis era considerada foragida pela Polícia Civil do Rio de Janeiro (PCRJ), e se apresentou nesta terça-feira (15/10). - (crédito: Fernando Frazão/Agência Brasil)

A técnica Jaqueline Iris Bacelar de Assis, funcionária do laboratório PCS Labs Saleme, se entregou à Polícia Civil do Rio de Janeiro (PCRJ), nesta terça-feira (15/10), e prestou depoimento. Ela assinou um dos dois laudos que levou à contaminação por HIV de seis pacientes transplantados. 

Jaqueline prestou depoimento à corporação durante a tarde e segue presa. Ela era considerada foragida após ser alvo da Operação Verum na segunda-feira (14), que prendeu envolvidos no caso. Dentre eles está o sócio e responsável técnico pelo laboratório, o ginecologista Walter Vieira, que assinou o outro laudo.

O erro nos exames de HIV levou à contaminação de seis pacientes que receberam órgãos de dois doadores. O testes emitidos pelo laboratório deram negativo para a presença do vírus, e os transplantes foram liberados.

Em um dos laudos consta o nome de Jaqueline na assinatura. Porém, o número de registro no Conselho Regional de Biomedicina da 1ª Região (CRBM1) utilizado é da biomédica Júlia Morais, cujo cadastro está inativo. Júlia não atua na área há dois anos e nunca trabalhou no Rio de Janeiro. O registro dela foi apropriado de forma indevida, e ela disse ter ficado sabendo do caso apenas pela imprensa.

Outros presos no caso

Segundo a PCS Labs, Jaqueline assinou diversos exames e, quando foi contratada, teria apresentado diploma de biomedicina. A defesa da funcionária, porém, afirmou que ela tem formação apenas como técnica em patologia, e que não apresentou o suposto diploma.

O advogado disse ainda que ela atuava há um ano no laboratório como auxiliar administrativa, e que não tinha poder para assinar os exames, apenas os repassava ao médico responsável, Walter Vieira.

Além da técnica e do médico, também foi preso na operação de segunda o técnico Ivanilson Fernandes dos Santos. Já o biólogo e técnico em laboratório Cleber de Oliveira dos Santos, também alvo da operação, ainda está foragido.

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postado em 15/10/2024 20:06 / atualizado em 15/10/2024 20:07
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