Um dos sócios do laboratório PCS Lab Saleme foi preso pela Polícia Civil do Rio de Janeiro na manhã desta segunda-feira (14/10), no âmbito da operação Verum. Ao todo, 40 policiais cumprem quatro mandados de prisão preventiva e 11 de busca e apreensão em ação que investiga a contaminação por HIV de seis pacientes que receberam transplantes.
Em nota, a Polícia Civil disse que duas pessoas foram presas. "As investigações foram conduzidas pela Delegacia do Consumidor e indicam que os laudos, falsificados por um grupo criminoso, foram utilizados pelas equipes médicas, que foram induzidas ao erro e acarretou na contaminação dos pacientes", informou a corporação.
Além da Polícia Civil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), em conjunto com as Vigilâncias Sanitárias Estadual e Municipal do Rio de Janeiro e o Sistema Nacional de Transplantes, do Ministério da Saúde, também apuram o caso.
A ministra Nísia Trindade disse que o Ministério da Saúde tomará todas as providências necessárias diante dos "eventos adversos graves". "Além de toda a solidariedade, será prestada toda a assistência aos pacientes e seus familiares. É compromisso do Ministério da Saúde garantir a segurança e integridade do sistema nacional de transplantes", disse.
Além disso, a pasta informou que as seguintes medidas já foram tomadas: interdição cautelar do Laboratório PCS Saleme/RJ, retestagem de todo o material que havia sido testado por este laboratório, encaminhamento de todos os testes do Rio de Janeiro para Hemorio, utilizando o teste NAT, apoio e assistência especializada aos pacientes e familiares e auditoria urgente pelo Departamento Nacional de Auditoria do Sistema Único de Saúde (SUS).
Em nota, o laboratório PCS Lab afirmou que abriu uma sindicância interna para apurar as responsabilidades e disse que o caso é um “episódio sem precedentes na história da empresa, que atua no mercado desde 1969”.
O laboratório também citou que “dará suporte médico e psicológico aos pacientes infectados com HIV e seus familiares" e reiterou que está à disposição das autoridades policiais, sanitárias e de classe que investigam o caso.
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