São Paulo

760 mil endereços em SP completam dois dias sem luz após temporais

A Aneel convocou uma reunião de emergência com as concessionárias para discutir o problema

Uma árvore caída devido às fortes chuvas é vista em um bairro de São Paulo, Brasil, em 12 de outubro de 2024. -  (crédito: Miguel SCHINCARIOL / AFP)
Uma árvore caída devido às fortes chuvas é vista em um bairro de São Paulo, Brasil, em 12 de outubro de 2024. - (crédito: Miguel SCHINCARIOL / AFP)

No início da tarde deste domingo (13/10), ao menos 760 mil endereços no estado de São Paulo seguiam sem energia elétrica após os temporais que atingiram a região na noite de sexta-feira (11). Milhões de residências ficaram sem luz depois das chuvas, além de sete pessoas terem perdido a vida. 

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) convocou uma reunião, para às 18h deste domingo, com concessionárias de distribuição de energia de São Paulo para avaliar a situação e traçar estratégias para o restabelecimento do fornecimento de energia elétrica em partes do estado.

São esperados representantes da Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São Paulo (Arsesp) e das empresas Enel SP, Neoenergia Elektro, EDP São Paulo, Energisa Sul-Sudeste, CPFL Piratininga, CPFL Paulista, CPFL Santa Cruz, Cteep e Eletrobras Furnas.

A iniciativa da agência reguladora atende a uma determinação do ministro de Minas e Energia (MME), Alexandre Silveira, que enviou um ofício, na tarde deste domingo (13), ao diretor-geral da Aneel, Sandoval Feitosa Neto. A agência é um órgão subordinado ao ministério, com o diretor-geral nomeado pelo governo anterior e com mandato até 2027.

“Reiterando que este MME não irá admitir qualquer omissão por parte dessa agência reguladora, determino a vossa senhoria a realização de reunião, ainda hoje, com a Enel e demais equipes técnicas das distribuidoras de energia elétrica que possam auxiliar com planos de ações emergenciais para imediata resolução da situação em SP e região metropolitana”, diz trecho do documento.

Chuva registrou recorde 

Na noite da última sexta-feira, São Paulo enfrentou ventos de 107,6 km/h, a maior velocidade registrada nos últimos 30 anos, quando começaram as medições. A tempestade deixou ainda um rastro de destruição, com a queda de 386 árvores, 2,1 milhões de pessoas sem energia e falta de água e danos em casas e prédios em várias regiões. Entre os óbitos, três foram em Bauru, e morreram com a queda de um muro. Outra morte ocorreu após queda de árvore no Bairro Campo Limpo. Em Diadema, outra morte por queda de árvore e em Cotia ocorreram duas mortes, após a queda de um muro.

O apagão afeta as zonas oeste, como em Alto de Pinheiros, Pinheiros e Butantã, leste, como Mooca, Vila Formosa e Tatuapé, norte, como em Pirituba, e central, como Bom Retiro, mas há relatos também em outras partes da cidade e municípios vizinhos. A Enel, companhia responsável pelo fornecimento elétrico em São Paulo, informou que pelo menos 500 mil clientes já tiveram o problema resolvido.

"Às 20h, 2,1 milhões de clientes tiveram o serviço afetado, sendo que, no momento, são cerca de 1,6 milhão de clientes impactados. De imediato, a companhia acionou um plano de emergência e cerca de 800 equipes (1,6 mil técnicos) estão em campo. Ao longo do dia, a empresa mobilizou cerca de 2.500 técnicos. Em alguns locais, trechos inteiros da rede foram danificados e será preciso reconstruir quilômetros de rede, trocar postes, transformadores e outros equipamentos", disse a concessionária em nota.

Segundo a empresa, ela está disponibilizando cerca de 500 geradores para os casos mais críticos. Ela, no entanto, não informa quais são esses locais — mas diz que dois helicópteros estão percorrendo as linhas de alta tensão para identificar falhas em locais de difícil acesso. O forte temporal afetou também a distribuição de água em regiões de São Paulo, de acordo com a Sabesp.

(Com informações da Agência Brasil).

 

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postado em 13/10/2024 17:43
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