CB.PODER

"Brasil ganha 1,2 milhão de idosos por ano", diz Swedenberger

O ministro da Saúde em exercício destacou em entrevista ao Correio a importância de ações coordenadas para garantir o bem-estar da terceira idade, faixa da população que já soma mais de 33 milhões de pessoas no país

Para o ministro, o crescimento no número de idosos é reflexo da melhora na saúde pública, mas ainda há disparidades a serem corrigidas -  (crédito:  Marcelo Ferreira/CB)
Para o ministro, o crescimento no número de idosos é reflexo da melhora na saúde pública, mas ainda há disparidades a serem corrigidas - (crédito: Marcelo Ferreira/CB)

No Dia Internacional e Nacional do Idoso, nesta terça-feira (1º/10), o ministro da Saúde em exercício, Swedenberger Barbosa, foi o entrevistado no programa CB.Poder — uma parceria entre o Correio Braziliense e a TV Brasília. O ministro falou sobre as políticas do governo para melhorar a qualidade de vida da terceira idade. Ele destacou a importância de ações coordenadas para garantir o bem-estar dessa população, que já soma 33 milhões de pessoas no país.

“16% da população está na faixa dos idosos acima de 60 anos. O Brasil é um dos países que tem ampliado muito essa mudança demográfica. Isso implica em incidências muito fortes sobre os sistemas de assistência social e saúde. Nós aumentamos 1,2 milhão de idosos por ano. Para isso, estamos trabalhando no cuidado integral à saúde do idoso”, explicou.

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Segundo Barbosa, o envelhecimento da população brasileira traz desafios não apenas para o governo federal, mas também para os governos estaduais e municipais, que precisam estar preparados para atender às demandas específicas desse grupo.

“As coisas acontecem no município, naquele território, em casas. Quem cuida do idoso? Ele está chegando bem à terceira idade? Ele tem condições de atendimento?”, questionou. O ministro defendeu que a promoção do bem-estar do idoso deve ser uma prioridade, independentemente do estado ou município. 

Ele ressaltou ainda que, além de cuidados médicos, é fundamental pensar em alternativas que promovam a qualidade de vida dos idosos, como a instalação de equipamentos públicos que incentivem a prática de atividades físicas e sociais. “Temos que ter uma situação de bem-estar, que envolve opções de equipamentos públicos, como academias e hortas comunitárias. A União deve financiar esses equipamentos para que estados e municípios possam implementá-los, permitindo que os idosos façam exercícios.”

Inclusão digital e SUS

Outro ponto destacado pelo ministro foi a importância de integrar os idosos ao mundo digital e à educação continuada. “Queremos que o idoso use o aplicativo do SUS para poder ver as consultas. Quem disse que idosos não aprendem? Eles aprendem muito! Com toda a experiência e bagagem, ele não pode ser deixado de lado pela sociedade. Imagina, ele poder utilizar o aplicativo do SUS para acompanhar as consultas”, enfatizou.

Para Swedenberger, o crescimento no número de idosos é reflexo da melhora na saúde pública, mas ainda há disparidades a serem corrigidas. “Nós temos aumentado a qualidade de vida. Contudo, temos que equalizar as diferenças. O SUS é obrigado a fazer isso. Como é que eu faço para que o idoso de baixa renda tenha um direito semelhante àquele que tem uma boa aposentadoria? Eu tenho que equalizar o SUS, pois ele não pode privilegiar um determinado segmento em detrimento de outro”.

O secretário-executivo do Ministério da Saúde substitui a ministra da Saúde, Nísia Trindade, que participa esta semana do 61º Conselho Diretor da Opas, nos Estados Unidos. 

*Estagiária sob a supervisão de Andreia Castro

 

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postado em 01/10/2024 17:21 / atualizado em 01/10/2024 17:37
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