A Justiça de São Paulo condenou, nesta segunda-feira (17/09), o empresário Thiago Brennand pelo crime de estupro contra uma ex-namorada em 2016. Além disso, o empresário também teria filmado as agressões e ameaçado divulgar os vídeos na internet. A defesa de Brennand nega a acusação e diz que vai recorrer.
O empresário está preso na penitenciária de Tremembé, no interior paulista, desde abril de 2023 por outros três crimes de lesão corporal e abuso sexual contra mulheres. Além disso, Thiago Brennand é réu em mais três processos criminais, todos envolvendo violência sexual contra mulheres. Somando as penas já imputadas, Brennand está condenado a 28 anos e 8 meses em regime fechado.
De acordo com a última decisão da Vara do Foro Central de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher de São Paulo, a vítima foi estuprada diversas vezes pelo empresário durante um período de três semanas. Segundo ela, os dois haviam se conhecido pelo Instagram e iniciaram um relacionamento, mas um tempo depois notou o comportamento agressivo do empresário e tentou terminar a relação.
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De acordo com a acusação do Ministério Público (MP), o empresário ameaçava divulgar os vídeos dos abusos sexuais nas redes sociais. A vítima contou que não denunciou as agressões por medo de que a filha, à época com 3 anos, tivesse acesso às imagens. Foi apenas depois dos primeiros casos contra Brennand serem divulgados na mídia que ela teve coragem de procurar a polícia.
A moça relatou ter sido perseguida pelo empresário, o que forçou que ela se mudasse e blindasse a porta de casa por medo de ser encontrada por ele. Ela diz que Brennand andava com pelo menos três armas. A partir desse depoimento a Justiça entendeu haver provas de que a vítima sofreu “violência e grave ameaça”, sendo constrangida a manter “conjunção carnal” com Brennand.
De acordo com a defesa de Brennand, o advogado Roberto Podval, o empresário “não está sendo condenado pelas provas e, sim, pela imagem que lhe foi criada”. “Acreditamos que isso será modificado nos tribunais”, afirmou.
*Estagiária sob a supervisão de Mariana Niederauer
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