Em meio às nuvens de fumaça que cobrem parte do país provenientes das queimadas, o governo federal informou que a Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) realizou visitas técnicas em terras indígenas no município de Cruzeiro do Sul, a 620 quilômetros de Rio Branco, Acre. A região registra atualmente 134 pontos (não saudáveis para grupos sensíveis) no índice de qualidade do ar da organização suíça IQAir.
Segundo dados do Programa Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o Acre já registrou este ano mais de 5,4 mil focos de fogo e a fumaça na região preocupa os agentes de saúde. Segundo o governo, além de Cruzeiro do Sul, Feijó e Mâncio Lima também estão em alerta por conta do aumento do número de mortes de idosos e crianças de até um ano, tendo síndromes respiratórias como causa principal.
A Força Nacional do SUS, com colaboração das secretarias de Saúde do Acre e de Mâncio Lima, realizou análises epidemiológicas da região e mediu a capacidade de resposta da rede de assistência.
Conceição Mendonça, responsável pela ação, afirmou que as condições de saúde estão satisfatórias. “Usam água tratada com hipoclorito e não foram identificados casos de necessidade de cestas básicas no momento”, frisou.
A especialista informou, contudo, que a fumaça tem causado sintomas de gripe em crianças e idosos, além de queimação e vermelhidão nos olhos.
O satélite Copernicus da União Europeia indica que a região está coberta por uma nuvem intensa de monóxido de carbono (CO), proveniente dos incêndios florestais e da queima de biomassa. Desde o início do ano, a região da Amazônia Legal (que engloba o estado do Acre) já registrou 136,7 mil focos de fogo, de acordo com dados do Programa Queimadas do Inpe.
*Estagiário sob a supervisão de Andreia Castro
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