Astronomia

Eclipse parcial da Lua: saiba como acompanhar o fenômeno

O eclipse lunar parcial ocorre quando a sombra da Terra, gerada pela luz solar, cobre parte do nosso satélite natural, deixando-a obscurecida por alguns momentos

Apesar da visualização ser difícil por conta da pequena fração da Lua oculta pela sombra da Terra, há chances de acompanhar o fenômeno a olho nu -  (crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)
Apesar da visualização ser difícil por conta da pequena fração da Lua oculta pela sombra da Terra, há chances de acompanhar o fenômeno a olho nu - (crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)

Um eclipse parcial da Lua poderá ser visto na noite desta terça-feira (17/9) de várias partes do mundo, incluindo o Brasil. Apesar da visualização ser difícil por conta da pequena fração da Lua oculta pela sombra da Terra, há chances de acompanhar o fenômeno a olho nu. Isso será possível caso as condições meteorológicas permitam — é preciso que não haja nuvens na frente da Lua, por exemplo.

Os interessados podem olhar diretamente para a Lua, sem preocupações, pois, ao contrário de um eclipse solar, não há riscos para os nossos olhos, conforme o Observatório Nacional.

A instituição também organiza uma transmissão ao vivo a partir das 21h30 (horário de Brasília) para quem quiser acompanhar o fenômeno e entender mais sobre suas particularidades.

O eclipse lunar parcial ocorre quando a sombra da Terra, gerada pela luz solar, cobre parte do nosso satélite natural, deixando-a obscurecida por alguns momentos. No caso desta terça-feira, a Lua terá 3,5% da sua área de disco encoberta, e a previsão é de que o evento poderá ser visto entre as 23h12 desta terça e a 0h16 de quarta-feira, 18.

"Apenas 0,085% do diâmetro da Lua será encoberto pela sombra da Terra, mas o mais significativo é a fração da área do disco da Lua a ser encoberta. Nesse caso, será de 3,5%", diz o professor Roberto Dell-Aglio Dias da Costa, do Instituto de Astronomia da Universidade de São Paulo (USP).

Dell-Aglio também acredita que a névoa ou a fumaça dos incêndios que se espalham pelo Brasil atrapalhem a possibilidade de ver o fenômeno com nitidez. "Quanto pior for a visibilidade do céu, mais difícil será de observar. Se não houver nuvens será possível ver sim ainda que com qualidade pior."

Etapas do Eclipse Lunar de 17-18 de setembro de 2024 (horários de Brasília), conforme observatório da Unesp:

  • Entrada da Lua na penumbra da Terra: 21:41 (dificilmente perceptível a olho nu)
  • Entrada da Lua na umbra: 23:13
  • Meio do eclipse: 23:44
  • Saída da Lua da umbra: 00:16
  • Saída da Lua da penumbra: 01:47

Tipos de eclipses lunares:

  • Eclipse lunar penumbral: É o tipo mais sutil. Ocorre quando a Lua entra na sombra externa da Terra (penumbra). Ou seja, quando não se vê o disco de sombra da Terra sobre a Lua, mas sua luminosidade diminui um pouco porque o cone de sombra da Terra está próximo.
  • Eclipse lunar parcial: Quando a sombra da Terra encobre parcialmente o disco da Lua, de acordo com o movimento do nosso planeta e do seu satélite natural ao redor do Sol. Ou seja, apenas uma parte da Lua é atingida pela sombra da Terra.
  • Eclipse lunar total: Quando o disco da Lua é totalmente encoberto pela sombra da Terra. A parte mais escura da sombra da Terra - a umbra - cobre a Lua no meio do eclipse.

Eclipse lunar x eclipse solar:

  • Eclipse lunar: A Terra está alinhada entre a Lua e o Sol.
  • Eclipse solar: A Lua se coloca exatamente entre o Sol e a Terra.

Eclipse do Sol

Na sequência do eclipse da Lua, haverá o eclipse anular do Sol em 2 de outubro, que também será transmitido pelo Observatório Nacional.

"É interessante notar que eclipses da Lua e do Sol acontecem em sequência. Isso se deve ao fato de o plano de órbita da Lua ser inclinado em relação ao plano de órbita da Terra, de aproximadamente 5 graus. Se não houvesse essa inclinação, em toda Lua Nova haveria um eclipse do Sol e em toda Lua Cheia haveria um eclipse da Lua", diz Josina Nascimento, astrônoma do Observatório Nacional.

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postado em 17/09/2024 17:42
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