CRISE CLIMÁTICA

Marina defende penas maiores para queimadas e cita cooperação com MJ

A ministra do Meio Ambiente lebrou ainda que há projetos de lei propondo maior rigor contra o uso intencional do fogo, como a proposta do senador Fabiano Contarato (PT-ES), que torna a prática crime hediondo

A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, comenta as queimadas que assolam o país durante o programa
A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, comenta as queimadas que assolam o país durante o programa "Bom Dia, Ministra" de 17 de setembro de 2024 - (crédito: Fabio Rodrigues -Pozzebom/Agência Brasil)

A ministra do Meio Ambiente e da Mudança do Clima, Marina Silva, defendeu o endurecimento da pena para quem provoca incêndios criminosos e que reclusão de dois a quatro anos é "leve". Ela mencionou que o ministro da Justiça e da Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, está coordenando uma articulação para fortalecer as investigações relacionadas às queimadas intencionais.

“Com o trabalho de inteligência, a gente consegue pegar inclusive quem são os articuladores, quem são os mandantes para além daquele que você viu ou por alguma razão tem um registro dele ateando fogo”, explicou Marina Silva, em entrevista ao programa Bom Dia, Ministra, transmitido pelo Canal Gov, nesta terça-feira (17/9). 

“Quando a pena é leve, às vezes, ela é transformada em algum tipo de pena alternativa. E você ainda tem uma atitude como a de alguns juízes, que relaxam completamente a pena. Ou seja, tem um crime contra o meio ambiente, um crime contra a saúde pública, um crime que está sendo praticado contra o patrimônio e a economia brasileira, e temos uma pena que é muito leve”, criticou.

Marina lembrou ainda que há projetos de lei (PL) propondo maior rigor contra o uso intencional do fogo, como a proposta do senador Fabiano Contarato (PT-ES), que torna a prática crime hediondo. “Por isso que, na sala de situação, estamos trabalhando para a elevação da pena”, disse.

Marina destacou haver, no total, uma área de 5 milhões de quilômetros quadrados sob risco de pegar fogo no país.

*Estagiário sob a supervisão de Andreia Castro

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postado em 17/09/2024 12:48 / atualizado em 17/09/2024 12:56
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