OPERAÇÃO POLICIAL

PF faz operação para identificar responsáveis por incêndios em reserva na Amazônia

Incêndio criminoso destruiu 35% da área do Parque Estadual de Guajará-Mirim. Suspeitos ficam sujeitos a até 25 anos de prisão, caso condenados

Gases tóxicos produzidos pelas queimadas contribuíram para a péssima qualidade do ar em Rondônia nas últimas semanas -  (crédito: Divulgação/PF)
Gases tóxicos produzidos pelas queimadas contribuíram para a péssima qualidade do ar em Rondônia nas últimas semanas - (crédito: Divulgação/PF)

A Polícia Federal (PF) realizou a Operação Kaixé nesta terça-feira (3/9) para identificar os responsáveis pelos crimes ambientais ocorridos nas áreas públicas Parque Estadual de Guajará-Mirim, Reserva Extrativista (Resex) do Rio Ouro Preto e Terra Indígena Igarapé Lage. As áreas pertencem aos municípios de Guajará-Mirim e Nova Mamoré, Rondônia (RO).

No Parque estima-se que 72 mil hectares tenham sido queimados, chegando a um máximo de 3 mil hectares por dia. Comparando a área queimada com a área do parque, aproximadamente 35% foram queimados

"Essas três áreas públicas fazem parte do grande Corredor Ecológico [grandes faixas de ecossistemas interligadas entre si] Binacional Guaporé/Itenez-Mamoré e possuem histórico de invasão clandestina e de ocupação ilegal, o que favorece a ação dos criminosos", explicou a PF-RO.

Os responsáveis podem ser condenados pela prática dos crimes de incêndio em floresta ou vegetação; de incêndio com perigo a integridade física de pessoas em pastagem, mata ou floresta; de poluição atmosférica com danos diretos à saúde da população e de associação criminosa. Também podem sofrer impedimento ou dificuldade de navegação aérea, ficando sujeitos a penas de até 25 anos de prisão.

Os grandes volumes de gases tóxicos produzidos pelas queimadas nos locais contribuíram para a péssima qualidade do ar aferida nas últimas semanas em Rondônia, bem como contribuíam para os cancelamentos de mais de 40 voos no aeroporto de Porto Velho (RO) no último mês.

A Operação Kaixé contou com apoio do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), do Batalhão de Polícia Ambiental (BPA) e da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental (Sedam).

*Estagiária sob supervisão de Jaqueline Fonseca

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postado em 04/09/2024 13:59
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