SUPREMO

Boate Kiss: réus são presos após decisão de Toffoli

Advogados afirmam que foram surpreendidos pela sentença e acusam ministro do STF de tomar decisão de forma "silenciosa"

Em 27/01/2013, um incêndio na boate Kiss, em Santa Maria (RS), deixou 242 mortos e 636 feridos. O fogo começou quando o vocalista da banda Gurizada Fandangueira acendeu um sinalizador e faíscas atingiram a espuma de isolamento acústico. Quatro pessoas foram condenadas: dois sócios, o vocalista e o produtor musical da banda.   -  (crédito:  Leandro LV wikimedia commons)
Em 27/01/2013, um incêndio na boate Kiss, em Santa Maria (RS), deixou 242 mortos e 636 feridos. O fogo começou quando o vocalista da banda Gurizada Fandangueira acendeu um sinalizador e faíscas atingiram a espuma de isolamento acústico. Quatro pessoas foram condenadas: dois sócios, o vocalista e o produtor musical da banda. - (crédito: Leandro LV wikimedia commons)

Após decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli, que determina a prisão dos réus pelo incêndio da Boate Kiss, os quatro condenados se entregaram à polícia, na noite desta segunda-feira (2/9), onde devem ficar presos até audiência de custódia. 

As defesas dos quatro réus afirmaram que os clientes foram surpreendidos pela decisão, que, segundo eles,  "tramitou de forma sigilosa e silenciosa às defesas". Segundo os advogados, eles aguardavam uma reunião com o ministro, que ocorreria na próxima semana. 

Jader Marques, advogado do sócio da boate Elisandro Spohr publicou vídeo em que afirma que o cliente já está preso. Em postagem, ele ainda criticou o Supremo. Já os advogados de Mauro Hoffmann, também sócio do estabelecimento, declararam que "a decisão será cumprida de forma integral e discutida nas esferas competentes".

Elisandro Spohr e Mauro Hoffmann, sócios da casa de festas, e Marcelo de Jesus e Luciano Bonilha, integrantes da banda Gurizada Fandangueira, foram condenados em dezembro de 2021 por homicídio simples com dolo eventual, com penas que vão de 18 a 22 anos. O julgamento, no entanto, foi anulado em 2022 sob acusações de irregularidades no processo. 

A decisão de Toffoli acata um pedido do Ministério Público do Rio Grande do Sul e do Ministério Público Federal, que pediam que a anulação fosse revertida.  

A tragédia da Boate Kiss ocorreu em 2013, em Santa Maria (RS) e deixou 242 mortos. 

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postado em 02/09/2024 23:59 / atualizado em 03/09/2024 00:11
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