AMAZONAS

Padre é preso por abusar e forçar aborto em adolescente

Operação encontrou 260 vídeos de cenas de sexo do criminoso com adolescentes; ele também é acusado de ameaças e violência doméstica

A Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) cumpriu, no domingo (18/8), a prisão preventiva do padre Paulo Araújo da Silva, 31 anos, por abuso sexual. De acordo com as investigações, o pároco de igreja em Coari (AM), abusou sexualmente e gravou mais de 260 vídeos de cenas de sexo com adolescentes, além de ter cometido crime de aborto, ameaças e violência doméstica. 

A PC-AM encoraja outras possíveis vítimas a procurar a delegacia para registrar denúncias. 

A investigação começou em setembro do ano passado após denúncias anônimas feitas pelo Disque 100. A investigação descobriu que Paulo Araújo da Silva havia cometido uma série de crimes contra uma adolescente de 17 anos. Segundo a PC-AM, o padre abusava da menina desde quando ela tinha 14 anos. A vítima chegou a engravidar do criminoso e foi forçada por ele a abortar. 

Além de Paulo, outro homem é procurado por envolvimento nos crimes. Francisco Rayner Barros Batista, de 34 anos, está foragido da polícia. Ele é acusado de dar um medicamento chamado Misoprostol, usado para induzir o aborto. 

Em coletiva de imprensa, o delegado-geral adjunto da PC-AM, Guilherme Torres, relatou ainda que o pároco cometeu violência psicológica e forçou a jovem a continuar com ele sob ameaças. Segundo Torres, o criminoso dizia que “iria acabar com a vida dela, pois ela era sua e de mais ninguém”.

No domingo, durante o cumprimento dos mandados de prisão e busca e apreensão, a polícia encontrou o padre com uma adolescente que tinha acabado de completar 18 anos. Também foram apreendidos R$ 30 mil em espécie e 260 vídeos de cenas de sexo dele com outras pessoas, incluindo menores de idade. 

Os acusados devem responder por crimes previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente, estupro de vulnerável, abortamento realizado por terceiros, crime de ameaça e violência doméstica.  

Em nota, a Diocese de Coari, de onde Paulo Araújo da Silva era padre, repudiou os crimes e declarou que o homem foi afastado de todas as funções que exercia na igreja. A Diocese também se colocou disponível para colaborar com as investigações. 

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