RONDÔNIA

Aeroporto de Porto Velho fecha pista por causa de fumaça de queimadas

Voos tiveram que ser desviados e cancelados. Aeroporto opera pousos e decolagens por instrumentos de navegação

O Aeroporto Internacional de Porto Velho, em Rondônia, precisou interditar a pista de voo devido a enorme cortina de fumaça que tomou todo o céu da cidade, dificultando a visibilidade. Até o começo da tarde desta quinta-feira (15/8), quatro voos tiveram que ser desviados e outros quatro cancelados.

Dezenas de passageiros se aglomeraram no aeroporto e, alguns, causaram confusão. Registros mostram o momento.

Arquivo pessoal -
Arquivo pessoal -

Agora a tarde, em nota, o Aeroporto Internacional Governador Jorge Teixeira de Oliveira informou que "os pousos e decolagens estão funcionando por instrumentos". Isso significa que as operações estão sendo realizadas através de sensores e receptores de apoio a navegação que "conversam entre si" e possibilitam que o piloto faça procedimentos de pouso e decolagem com precisão e segurança mesmo sem referências visuais.

O aeroporto também orienta os passageiros a "procurar suas respectivas companhias aéreas para mais informações e orientações".

Queimadas em Rondônia

Segundo dados do BDQueimadas e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Rondônia registou 3858 focos de incêndio de janeiro até agosto deste ano, ficando em 8º lugar de foco por estado.

A advogada Deborah Sampaio, nascida em Porto Velho e moradora de Brasília, retornou a capital rondoniense nesta quarta-feira e se disse espantada com o que viu. Ela comenta que a fumaça no ar está dificultando a respiração e prejudicando as atividades do dia. “Está impossível a situação aqui em Porto Velho. A fumaça é demais! Faz tempo que não chove e as pessoas ainda colocam fogo em tudo, piorando ainda mais a qualidade do ar. A respiração tá muito difícil e as crianças sofrem demais. As pessoas deveriam ter consciência de que quando queimam mato em um terreno ou na beira da estrada não estão prejudicando só a si, mas a toda sociedade”, relatou.

*Estagiária sob supervisão de Talita de Souza

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