“O SUS é uma grande inspiração de modelo para a segurança pública”, reforçou o secretário Nacional de Assuntos Legislativos do Ministério da Justiça, Marivaldo Pereira, durante a entrevista no CB.Poder, nesta quarta-feira (7/8). O secretário expôs as expectativas do governo federal e dos ministros de tornar as forças de segurança pública tão padronizadas e integradas quanto o Sistema Único de Saúde. Em reunião, também nesta quarta-feira, ministros e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva discutiram a Proposta de Emenda à Constituição sobre segurança pública, que trata da ampliação das forças da Polícia Rodoviária Federal, além da integração entre os entes federativos.
Entre os ministros e ex-governadores que serão consultados estão o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (São Paulo); o ministro da Casa Civil, Rui Costa (Bahia); o ministro dos Transportes, Renan Filho (Alagoas); o ministro da Educação, Camilo Santana (Ceará); o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias (Piauí); e o ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes (Amapá).
A proposta do ministro da Justiça e da Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, pretende dar à União a competência de coordenar o Sistema Único de Segurança Pública (Susp). De acordo com Marivaldo, o ministro deve levar a proposta ao Congresso Nacional, mas tudo depende das discussões entre o governo federal e os ministros. “A expectativa do ministro Lewandowski é de um diálogo muito produtivo, para que possa avançar no debate de segurança pública. O Ministério da Justiça está muito focado em buscar uma integração maior das forças de segurança, para que possamos padronizar a maneira como enfrentamos o crime organizado no Brasil”, explica.
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Mesmo com os debates por vir, o secretário está otimista sobre o futuro da emenda no Congresso Nacional. “Eu não tenho receio nenhum de que essa PEC consiga entrar na pauta do Congresso. Com diálogo e embasamento científico eu acho que é, sim, possível que essa matéria avance tanto na Câmara quanto no Senado”, diz.
Assista à entrevista completa:
*Estagiária sob supervisão de Mariana Niederauer