HOMICÍDIO

Dono de Porsche é acusado de homicídio triplamente qualificado pelo MPSP

Igor Ferreira Sauceda foi denunciado após atropelar e matar o motoboy Pedro Kaique Ventura Figueiredo, no último dia 29, na zona sul de São Paulo, após uma briga de trânsito

O Ministério Público de São Paulo (MPSP) apresentou uma denúncia contra o empresário Igor Ferreira Sauceda, de 27 anos, nesta quinta-feira (1º/8), por homicídio triplamente qualificado. Sauceda é acusado de ter atropelado e matado o motoboy Pedro Kaique Ventura Figueiredo, de 21 anos,  no último dia 29, utilizando um Porsche, na Zona Sul de São Paulo, após os dois terem uma discussão de trânsito.

O MP justificou que o empresário matou a vítima por motivo fútil, emprego de meio cruel e com recurso que dificultou a defesa do motociclista. Em depoimento, Sauceda relatou que a moto da vítima teria arrancado o retrovisor do Porsche, avaliado em cerca de meio milhão de reais, e o fato teria o motivado a dar início a perseguição. 

A promotora Renata Cristina de Oliveira Mayer declarou que a ação do empresário Igor Ferreira Sauceda revelou uma "brutalidade fora do comum, em contraste com o mais elementar sentimento de piedade". Segundo Mayer, o "motivo fútil" do homicídio foi a irritação de Igor após a vítima ter danificado o carro. Além disso, a promotora destacou que o motoboy Pedro Kaique Ventura Figueiredo foi surpreendido ao ser atingido pelas costas "em alta velocidade", o que dificultou a defesa da vítima.

A perseguição

Na madrugada de segunda-feira (29/7), o Porsche dirigido por Igor Sauceda perseguiu Pedro Kaique em alta velocidade até colidir na parte traseira da motocicleta, fazendo com que o motoboy se chocasse contra um poste. Kaique chegou a ser socorrido, mas não resistiu aos ferimentos.

A colisão ocorreu após uma discussão de trânsito, iniciada quando a moto de Pedro Kaique arrancou o retrovisor do carro de luxo. Em seguida, houve uma perseguição de cerca de dois quilômetros. O impacto fez com que ambos os veículos se chocassem contra um poste, ficando completamente destruídos.

Inicialmente, Igor Sauceda foi indiciado por homicídio culposo, quando não há intenção de matar, pela delegada plantonista do 11º Distrito Policial. Naquele momento, a polícia ainda não havia obtido acesso às imagens das câmeras de segurança.

Após a divulgação dos vídeos, o delegado titular do caso, Edilzo Lima, do 48º Distrito Policial, alterou a tipificação para homicídio com dolo eventual, quando se assume o risco de matar, e determinou a prisão em flagrante de Sauceda.

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