O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou, nesta quinta-feira (29/8), novos dados demográficos sobre a população brasileira. Na escalada de crescimento populacional, o país ultrapassou os 212 milhões de pessoas. Nas estatísticas, cada um dos 5.570 municípios tiveram seus números atualizados com uma contagem precisa que tem o 1º de julho de 2024 como data de referência.
O possui extremos populacionais. Enquanto São Paulo concentra 11,9 milhões de habitantes — se mantendo no topo do ranking — a cidade menos populosa do país, Serra da Saudade, em Minas Gerais, abriga 854 pessoas. Mais de 30% da população está distribuída em 48 cidades acima de 500 mil habitantes. São 15 municípios com mais de 1 milhão de pessoas e 26 cidades têm menos de 1.500 habitantes. Desses 15 mais populosos, 13 são capitais.
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“Embora os maiores centros urbanos não apresentem o mesmo crescimento de antes, eles ainda possuem um forte peso demográfico”, detalha Marcio Minamiguchi, gerente de Projeções e Estimativas Populacionais do instituto.
Esse resultado discrepante entre o tamanho populacional das grandes capitais e o das menores cidades do interior vem de um processo histórico de concentração de pessoas, que se arrasta por décadas. “Isso explica o por quê, ao longo dos anos, vários municípios acabaram superando a marca dos 500 mil habitantes”, completa.
Brasília continua em 3° lugar entre os municípios mais populosos, com 3 milhões de pessoas. Quando comparado com o número de habitantes dos primeiros colocados, São Paulo se apresenta com uma população quase 4 vezes maior que a capital e o Rio de Janeiro, mais de 2 vezes maior.
Além de ser um parâmetro para indicadores sociais, econômicos e demográficos, o relatório é também usado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) para o cálculo do Fundo de Participação de Estados, do Distrito Federal e de Municípios. Portanto, esses dados impactam diretamente nas modalidades de transferência de recursos financeiros da União para as unidades da federação, previstas no art. 159 da Constituição Federal.
As estimativas populacionais utilizadas pelo IBGE utilizam como base os totais populacionais dos municípios listados pelos Censos Demográficos 2010 e 2022 e o relatório Projeções da População do Brasil e Unidades da Federação, Revisão 2024, divulgado no último dia 22, quando o instituto anunciou que a população brasileira vai entrar em declínio a partir de 2042.
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