A Operação Prensa destruiu, em sete dias, 459 balsas de garimpo ilegal no Amazonas, segundo nota publicada, nesta terça-feira (27/8), pela Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai). A ação é realizada em conjunto com a Polícia Federal e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
A intenção da força-tarefa é proteger 15 mil indígenas da região, que estão em seis territórios próximos ao Rio Madeira. As balsas queimadas são os equipamentos utilizados para extrair recursos minerais do rio e, por revirar os sedimentos, acabam contaminando o afluente.
"As balsas ou dragas utilizadas pelo garimpo ilegal são estruturas com uma ponta chamada de 'abacaxi' e uma tubulação conectadas a uma motobomba acoplada em um motor a diesel. A ponta perfura o leito do rio revirando os sedimentos, enquanto a motobomba suga a água e a despeja novamente no rio — procedimento conhecido como 'arroto'. Nesse processo, também é utilizado o mercúrio, que contamina a água e mata os peixes da área", diz a nota.
Os indígenas da região reclamam por não conseguir mais utilizar a água do rio, que é um dos meios de sobrevivência das comunidades. Alguns relatam passarem mal quando assim o fazem.
A ação ambiental, que iniciou na última terça-feira (20/8), superou o recorde da Operação Draga Zero, deflagrada em 2023 na mesma região, quando os órgãos destruíram 302 balsas usadas por garimpeiros. Os trabalhos de desmonte do garimpo seguem na região nos próximos dias.
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