CULTURA

Presidente da Fundação Palmares conta processo de reestruturação do órgão

Em entrevista para o Podcast do Correio, João Jorge Santos destacou a importância história da instituição

Empossado em Abril do ano passado, João Jorge Santos é advogado, mestre em direito pela Universidade de Brasília e um dos fundadores do movimento Olodum na Bahia -  (crédito:  Reprodução/CB)
Empossado em Abril do ano passado, João Jorge Santos é advogado, mestre em direito pela Universidade de Brasília e um dos fundadores do movimento Olodum na Bahia - (crédito: Reprodução/CB)

Em comemoração aos 36 anos da Fundação Palmares, o presidente da instituição, João Jorge Santos, reiterou a importância da reestruturação do órgão para a promoção da cultura e da igualdade racial. Em entrevista para o Podcast do Correio, nesta quarta-feira (21/08), o representante destacou a relevância histórica da Palmares que, segundo ele, é "forte no presente e construtora do futuro". 

A Fundação é originalmente vinculada ao Ministério da Cultura e foi criada, em 1988, com a intenção de promover e preservar os valores culturais, históricos, sociais e econômicos, decorrentes da influência negra na formação da sociedade brasileira. Empossado em abril do ano passado, João Jorge Santos é advogado, mestre em direito pela Universidade de Brasília (UnB) e um dos fundadores do movimento Olodum na Bahia. 

Ele é sucessor de Sérgio Camargo, representante da Fundação durante o governo de Jair Bolsonaro, que colecionou polêmicas como ataques à imprensa, episódios de censura e de perseguição às religiões de matriz africana. Para João Jorge Santos, o trabalho de reestruturação deve focar na preservação dos valores da juventude negra e da promoção da cultura. 

“Havia uma demanda de retornar personalidades para o site do Palmares. Eram 109 personalidades que foram banidas como Leci Brandão, Martinho da Vila, Margareth Menezes, Alcione. E nós reformamos isso. Criamos um comitê que indicou 359 nomes, entre homens e mulheres, para fazer parte deste site e vai ter uma paridade entre homens e mulheres", contou. 

"Tínhamos a biblioteca Oliver Silveira que, por pouco, não foi destruída. Foram separados mais de 5 mil livros para serem doados, livros que falavam dos orixás, da revolução de países africanos como Angola e Moçambique. Agora, a biblioteca ganhou um novo espaço e vai ser motivo de pesquisa e visita", concluiu.

*Estagiária sob supervisão de Luana Patriolino

Confira o Podcast na íntegra:

 


 

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postado em 21/08/2024 19:32
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