SAÚDE

Nisia cria comitê para acompanhar Mpox e diz que não há motivo para alarme

A ministra da Saúde Nísia Trindade garantiu que o Brasil não tem caso da variante que causou a emergência sanitária mundial

A ministra ainda explicou que, desde 2022, o país tem casos registrados da doença, mas são da Cepa 2 -  (crédito: Reprodução/Edilson Rodrigues/Agência Senado)
A ministra ainda explicou que, desde 2022, o país tem casos registrados da doença, mas são da Cepa 2 - (crédito: Reprodução/Edilson Rodrigues/Agência Senado)

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, instalou na manhã desta quinta-feira (15/8) um Centro de Operações de Emergência em Saúde (COE) para coordenar e acompanhar ações de resposta à Mpox. A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou nesta quarta-feira (14/8) emergência sanitária pela doença.

"O comitê vai ficar debruçado na análise técnica e também na organização para o acompanhamento dessa emergência. De imediato, quero dizer que não há nenhum caso no país da variante b da Cepa 1 da Mpox, que foi a que causou esse surto com maior capacidade de transmissão e gravidade (no mundo)”, declarou Trindade.

A ministra ainda explicou que, desde 2022, o país tem casos registrados da doença, mas são da Cepa 2. Até o momento há o conhecimento de dois tipos do vírus e, agora, uma variante.

Em 2024, foram notificados 709 casos confirmados ou prováveis, número significativamente menor em comparação aos mais de 10 mil casos notificados em 2022, durante o pico da doença no Brasil. Desde 2022, foram registrados 16 óbitos, sendo a morte mais recente em abril de 2023. Desses, todos eram homens e 15 eram diagnosticados com HIV.

“Em geral (o vírus) está concentrado entre homens e 98% de pessoas que convivem com HIV. Esse tem sido o foco principal de atenção”, comentou a ministra.

As estatísticas apresentadas pelo Ministério da Saúde mostram que 91% dos casos no país são do sexo masculino e 70% deles em pessoas entre 19 e 39 anos idade. As principais formas de transmissão da doença são o contato com uma pessoa infectada ou com materiais contaminados. Os principais sintomas são: dor de cabeça, ínguas, calafrio, fraqueza, lesões na pele, febre e dores no corpo.

Sobre vacinas, a ministra explicou aguarda liberação para compra de mais doses e que essa “não é uma estratégia de prevenção em massa” e é destinada apenas para pessoas que tiveram contato com alguém com a doença, são diagnosticados com HIV ou imunossuprimidos.

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postado em 15/08/2024 13:22
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