Um homem identificado como Tancredo Neves, 26 anos, principal suspeito pela morte da delegada Patrícia Neves Jackes Aires, de 39 anos, no interior da Bahia, confessou a polícia, na segunda-feira (12/8), que teria usado um cinto para asfixiar e matar a mulher, com quem ele mantia um relacionamento. O caso é investigado como feminicídio.
De acordo com a Polícia Civil da Bahia (PCBA), o assassinato ocorreu na noite de sábado (10). Os dois estavam juntos em um bar e, durante a madrugada, passaram pela BR-324. Em boletim de ocorrência registrado pelo suspeito, ele relatou que a delegada havia sido sequestrada.
Contudo, o corpo da vítima foi encontrado no domingo (11) no banco do carona do carro dela, em uma área de mata no município de São Sebastião do Passé e a polícia não encontrou indícios de um possível sequestro.
O suspeito foi autuado em flagrante pelo crime de feminicídio, porque em maio deste ano a delegada registrou um boletim de ocorrência contra Tancredo, autuado por lesão corporal. Eles teriam retomado o relacionamento após o alvará de soltura.
Em depoimento à polícia na segunda-feira (12), Tancredo Neves admitiu que mentiu sobre o sequestro da vítima e que teria girado "o cinto de segurança no pescoço dela". Segundo o g1, o homem teria dito que cometeu o crime para se defender de supostas agressões da delegada durante uma discussão.
Em nota divulgada pela PCBA, a corporação afirma que o homem tem outras passagens pela polícia por lesão corporal, em 2018, danos e ameaça, em 2022, e ameaça e injúria, em 2023.
Patrícia era natural de Recife e era bacharel em direito e especialista em direito penal e processo penal. Ela tomou posse em 2016 na delegacia de Barra, no oeste da Bahia. Ela deixa um filho.
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