Tragédia aérea

Tragédia em Vinhedo: Brigadeiro diz que não foi reportado aviso de emergência

De acordo com a Anac, não havia irregularidades na fiscalização prévia do avião e não foi reportado qualquer situação de emergência para a torre de comando antes da queda

Coletiva de imprensa sobre acidente aéreo em Vinhedo. Da esquerda para direita: Ricardo Catanat (diretor da Anac); Luiz Ricardo (diretor da Anac); Brigadeiro Marcelo Moreno (comandante do Cenipa) e Coronel Baldin (chefe da divisão de investigação do Cenipa) -  (crédito: Vinicius Doria/CB/D.A. Press)
Coletiva de imprensa sobre acidente aéreo em Vinhedo. Da esquerda para direita: Ricardo Catanat (diretor da Anac); Luiz Ricardo (diretor da Anac); Brigadeiro Marcelo Moreno (comandante do Cenipa) e Coronel Baldin (chefe da divisão de investigação do Cenipa) - (crédito: Vinicius Doria/CB/D.A. Press)

Em coletiva de imprensa realizada na tarde desta sexta-feira (9/8) na sede do Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), o Brigadeiro Marcelo Moreno, comandante do Cenipa, abordou questões sobre o acidente aéreo ocorrido na manhã desta sexta-feira em Vinhedo (SP). Segundo o Brigadeiro, a aeronave envolvida no acidente não reportou qualquer situação de emergência para a torre de comando antes da queda.

O brigadeiro destacou a natureza especulativa das investigações em andamento, ressaltando a importância de analisar fatores humanos, operacionais e materiais. O relatório completo sobre o incidente será disponibilizado ao público em breve.

O comandante também informou que equipes de investigação já estão na região do acidente, porém, no momento, não é possível confirmar se condições meteorológicas adversas, como gelo, foram um fator contribuinte. Ele ressaltou que informações meteorológicas são sempre consideradas antes de cada voo.

Em relação à análise das caixas-pretas, Marcelo explicou que existem dois laboratórios na América do Sul capazes de realizar essa leitura. No entanto, devido às circunstâncias do acidente, o calor gerado pode dificultar o acesso aos dados e requerer processos adicionais.

A Anac também esclareceu que a empresa envolvida, Voepass, é uma transportadora regular e não um táxi aéreo, e que a aeronave e a companhia estavam em conformidade com todas as normas regulatórias. O acidente vitimou 58 passageiros e 4 tripulantes.

Luiz Ricardo, diretor da agência nacional de aviação civil, mencionou que, seguindo protocolos internacionais, representantes dos países fabricantes da aeronave foram convidados para colaborar na investigação. A Anac também está em contato com autoridades competentes para esclarecer os eventos que levaram à queda.

Em relação a possíveis reclamações sobre a empresa, Ricardo salientou que a fiscalização é de responsabilidade da Anac e que a investigação está em estágio inicial. Ele ressaltou que, “até o momento, não há informações que indiquem falhas na regularidade da aeronave”.

*Estagiário sob supervisão de Ronayre Nunes

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postado em 09/08/2024 19:32 / atualizado em 10/08/2024 10:52
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