TRAGÉDIA AÉREA

Passageiro erra empresa e não consegue embarcar no avião da Voepass que caiu

O avião da Voepass Linhas Aéreas, antiga Passaredo, caiu em um condomínio em Vinhedo (SP), com 61 pessoas a bordo, sendo quatro tripulantes. Ninguém sobreviveu

Passageiro que não embarcou em viagem da Voopass por ter confundido companhias aéreas   -  (crédito: Reprodução/TV Globo)
Passageiro que não embarcou em viagem da Voopass por ter confundido companhias aéreas - (crédito: Reprodução/TV Globo)

Um passageiro contou que chegou atrasado no aeroporto de Cascavel (PR) e, por isso, não conseguiu embarcar no voo 2283 com destino ao Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP). O avião da Voepass Linhas Aéreas, antiga Passaredo, caiu em um condomínio em Vinhedo (SP), com 62 pessoas a bordo, sendo quatro tripulantes. Ninguém sobreviveu.

Em entrevista à TV Globo, o rapaz disse que o destino era o Maranhão, depois de fazer uma conexão em Guarulhos. "Eu pensava que ia pela Latam. Cheguei aqui e estava fechado. Até que eu cheguei cedo e fiquei esperando. Fiquei, fiquei, fiquei, fiquei e nada. Quando foi 11h, eu vim procurar aqui (no guichê da Voepass). Foi quando um rapaz disse: 'Você não vai tomar esse avião, não, porque já passou do limite de embarque", afirmou ele, que não se identificou.

"Aí, eu falei, pelejei. Botei até uma pressãozinha nele: 'Moço, me coloca me coloca dentro desse avião'", disse. "Eu tenho que ir tenho que ir. Ele falou: 'Não mano, não tem como, o que eu posso fazer por você é remarcar para as 18h20", continuou. Ao saber que o avião tinha caído antes de chegar ao destino, o homem afirmou que se emocionou. "Eu já agradeci aqui, deu uma emoção assim tão grande, que você não sabe. Estou aqui me tremendo. Só Deus e eu sabemos o que estou vivendo nesse momento", completou ele, que viajaria com mais três pessoas — uma delas teve a passagem remarcada para domingo.

Um outro passageiro disse que chegou a brigar com um funcionário da empresa aérea após não ser autorizado a embarcar em Cascavel. Adriano Assis, morador do Rio de Janeiro e que estava viajando a trabalho para o Hospital Regional de Toledo (PR), disse que chegou a discutir com o funcionário que impediu o embarque.

"Eu cheguei aqui as 9h40, mas estava fechado (o guichê). Eu fiquei esperando para ver se abririam normalmente o aeroporto. Não tinha ninguém e eu fiquei lá em cima tomando um café. Esperei, como ninguém falou nada no microfone e os placares também não avisaram sobre o voo, eu desci. Já era 10h30. Tinha uma fila enorme aqui. Fiquei esperando. Quando deu 10h41 mais ou menos, o rapaz falou que eu não ia embarcar mais porque é uma hora antes pro embarque nesse momento. Aí, eu discuti com ele e tal", disse na entrevista à TV Globo.

"E foi assim. Ele salvou minha vida, cara", disse, emocionado. "Eu ainda falei assim, pô, cara. Deve ser livramento de Deus que o avião pode cair, mas falei no momento da raiva. Esse rapaz eu até tenho que saber o nome dele. Ele realmente ele salvou minha vida, cara. Eu tô muito nervoso", completou Adriano, enquanto tentava avisar a amigos e familiares que não estava no avião. Não há sobreviventes na queda do avião. Havia 57 passageiros e quatro tripulantes na aeronave.

O voo 2283 partiu de Cascavel (PR) com destino ao Aeroporto Internacional de Guarulhos, na grande São Paulo. De acordo com a Voepass Linhas Aéreas, companhia aérea dona da aeronave, trata-se de um avião turboélice de passageiros, modelo ATR-72. A aeronave explodiu ao atingir o solo.

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postado em 09/08/2024 18:29 / atualizado em 10/08/2024 10:53
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