SÃO PAULO

Mulher dá tapa no rosto de PM ao ser acusada de injúria racial

Identificada como Rita Aparecida, a artista plástica está presa preventivamente, por tempo indeterminado

Mulher deu tapa no rosto de policial durante abordagem -  (crédito: Reprodução / redes sociais)
Mulher deu tapa no rosto de policial durante abordagem - (crédito: Reprodução / redes sociais)

Uma artista plástica de 52 anos foi presa em flagrante por desacato e injúria racial, na quarta-feira (31/7), em São Paulo. O vídeo da abordagem policial viralizou no fim de semana e mostra a mulher ofendendo um dos agentes. Ela chega a dar um tapa no rosto do homem. Segundo noticiada pelo UOL, a suspeita foi identificada como Rita Aparecida Longhini. 

De acordo com a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo, os policiais foram chamados por duas funcionárias de um mercado da rede Oxxo, que disseram que a mulher entrou no local e começou a ofendê-las, incluindo com ofensas raciais. Rita voltou para o apartamento dela, próximo ao mercado, e teria ido para a sacada e insultado os policiais, que já tinham chegado ao local.

Espontaneamente, ela desceu para a frente da residência. A um dos agentes, disse que uma das atendentes do mercado era uma traficante e que tinha provas disso. No entanto, não as apresentou. Quando o policial tentou intervir, a mulher respondeu: "Não vou escutar nada, o senhor vai passar muito bem e vai tomar no meio do seu c*".

O PM então disse que a levaria para a delegacia. É quando ela dá um tapa no rosto do policial, que a imobiliza em seguida. “Você está pensando que é quem? Tá ficando louca? Põe a mão para trás", falou o agente. 

 "Me ouve, pelo amor de Deus. Minha cabeça está sangrando", gritou a mulher. Ela foi levada ao Pronto-Socorro, onde recebeu atendimento médico. Depois, foi conduzida ao distrito policial sem uso de algema. 

O caso foi registrado como injúria racial, injúria, resistência e desacato. A audiência de custódia aconteceu na quinta-feira. De acordo com o UOL, a suspeita disse que foi ferida em uma das pernas e na cabeça, tendo sido encaminhada para exame pericial pela juíza, Vivian Brenner. Ela também converteu a prisão em flagrante para preventiva. 

Ainda de acordo com o portal, a defesa da mulher alegou que ela é dependente de álcool e de entorpecentes, além de ter transtorno de borderline. No relatório médico que foi apresentado, consta que é acompanhada desde maio deste ano por dependência de álcool, cocaína e borderline . 

A Justiça entendeu que ainda não é possível afirmar se tais condições impactam na capacidade de discernimento de Rita. Ao g1, a rede Oxxo disse que acionou os policiais. "A rede OXXO confirma a ocorrência no último dia 31 de julho na loja localizada na Rua Caiubi, 1387. A companhia informa que acionou imediatamente as autoridades competentes e que está prestando todo o suporte aos colaboradores envolvidos”, consta na nota.

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Maria Dulce Miranda - Estado de Minas
postado em 05/08/2024 12:27 / atualizado em 05/08/2024 12:30
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