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Ministra da Ciência detalha importância do plano de investimento em IA

Investimento de R$ 23 bilhões para o plano brasileiro de Inteligência Artificial foi anunciado pelo governo federal. Segundo Luciana Santos, o país tem grande potencial no setor

O anúncio do plano brasileiro de Inteligência Artificial, conta com investimento de R$ 23 bilhões para o setor de tecnologia, Luciana Santos ressalta o foco do plano se divide em duas fases. -  (crédito:  Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)
O anúncio do plano brasileiro de Inteligência Artificial, conta com investimento de R$ 23 bilhões para o setor de tecnologia, Luciana Santos ressalta o foco do plano se divide em duas fases. - (crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)

Para a ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, o Brasil pode ter o quinto melhor supercomputador do mundo em 5 anos. A ministra falou com as jornalistas Denise Rothenburg e Samanta Sallum no programa CB.Poder — parceria entre Correio e TV Brasília — desta sexta-feira (2/8). Segundo Luciana, se mantiver o investimento, o Brasil terá uma estrutura de data center espalhado pelo país.

Sobre o anúncio do plano brasileiro de Inteligência Artificial — que conta com investimento de R$ 23 bilhões para o setor de tecnologia —, Luciana Santos ressalta que o foco do plano se divide em duas fases. “O primeiro é o impacto imediato. Para isso, prevemos 31 ações no serviço público. Consolidamos com os Ministérios da Saúde, Educação, Trabalho, Desenvolvimento Social e Agricultura. Algumas pactuações já estão em curso e as entregas começam agora em dezembro, como parte de um Plano Piloto para melhorar a qualidade do serviço público para a população”, explica.

“Além disso, a dimensão de infraestrutura para os próximos cinco anos. A capacidade de processamento de dados é essencial para a inteligência artificial e a ciência de dados. Portanto, estamos planejando montar um supercomputador. O escolhido é o LNCC (Laboratório Nacional de Ciência da Computação) em Petrópolis, conhecido como o Santos Dumont”, complementa.

Na saúde, a ministra contou que o Brasil almeja se tornar um produtor de insumos farmacêuticos ativos (IFAs) e exportar esses produtos. “Uma das metas é alcançar autonomia e soberania em relação a alguns insumos e até mesmo em equipamentos. Algumas universidades estão desempenhando um papel fundamental nesse processo”.

Na Universidade Federal do Espírito Santo, está sendo elaborado um equipamento de ressonância magnética genuinamente brasileiro. Além disso, na Universidade Federal de Minas Gerais, a fase final de validação da Spintech, uma vacina contra a covid-19 totalmente desenvolvida no Brasil está em andamento.

“Para apoiar essas iniciativas, o fundo destinou 1,84 bilhões de reais no ano passado, com foco no complexo industrial de saúde. Esse investimento visa fortalecer a produção de insumos e equipamentos essenciais para a saúde, impulsionando o setor e contribuindo para a independência do país nessa área”, concluiu.

Luciana explica que Inteligência Artificial acelerará significativamente essas soluções, abrangendo desde a logística. “Um exemplo que eu gostaria de mencionar é quando eu era prefeita: a compra pública de medicamentos às vezes nos fazia chorar, pois a logística envolvida era muito ampla. Tínhamos várias RPAs (Robotic Process Automation) na região administrativa, mas ainda havia lacunas nas unidades de saúde”, conta.

*Estagiário sob a supervisão de Ronayre Nunes

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postado em 02/08/2024 20:45 / atualizado em 02/08/2024 20:47
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